O continente é de novo do Brasil, maior campeão do mundo e que lentamente busca a hegemonia de conquistas também dentro de casa, na América do Sul. Neste domingo, a seleção venceu o Peru por 3 a 1 no Maracanã e chegou ao nono título da Copa América, 12 anos ou três edições depois do último triunfo, em 2007. A distância para Uruguai e Argentina ainda é grande, mas há três décadas que só faz diminuir.
Desde 1989, quando a seleção venceu o Uruguai no Maracanã com um gol de Romário e acabou com um jejum de 19 anos sem títulos, a Copa América foi conquistada seis vezes. Uruguaios e argentinos venceram apenas duas cada. A Celeste ainda é a seleção com mais títulos da competição - 15. Os hermanos têm 14.
No Maracanã com quase 70 mil pessoas, a hegemonia brasileira no continente ficou evidente nos detalhes. Não foi uma atuação de encher os olhos, um passeio sobre o Peru. Foi uma vitória de quem jogou apenas o suficiente para levantar a taça enquanto que os adversários deram a vida e tiveram boa atuação. Quando a equipe do freio de mão puxado, mesmo assim, vence por 3 a 1, é sinal de que a superioridade era enorme, antes mesmo de a bola rolar.
Depois que o jogo começou, quem mais se destacou foi Gabriel Jesus, positivamente e negativamente também. Foi dele a grande jogada para o gol de Everton, que abriu o placar. Foi ele quem recebeu o passe de Arthur para fazer 2 a 1. Entre um gol e outro houve a cobrança de pênalti certeira de Guerrero.
No segundo tempo, o camisa 9 foi expulso em lance duvidoso, mas sua revolta pode custar uma punição posterior. Gabriel Jesus chutou uma garrafa, socou uma cabine e quase derrubou o monitor de consulta do VAR. Tudo isso depois de fazer com as mãos o gesto de que o cartão vermelho seria fruto de roubo.
Sem ele, o Brasil se fechou ainda mais e jogou em busca de um contra-ataque. Num deles, Everton foi derrubado na área em outro lance polêmico. Depois de consultar o VAR, a penalidade foi confirmada. Richarlison cobrou o pênalti e fechou o placar: 3 a 1 e o continente um pouco mais perto de ser do Brasil. Assim como o mundo já é.
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