O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, dono do site Intercep Brasil, que no último domingo, 9, divulgou mensagens de celular envolvendo membros da operação Lava Jato, entre eles o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, deverá ir à Câmara dos Deputados explicar como conseguiu as gravações.
O convite ao jornalista foi defendido pelo deputado federal do Amazonas, Delegado Pablo, que é membro titular da comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
Durante reunião entre os membros da comissão, foi questionado como as conversas entre Sérgio Moro e o coordenador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, ocorridas em 2016, foram gravadas sem autorização judicial.
“Escuta ilegal é crime e não pode ser considerada liberdade de imprensa”, afirmou deputado Pablo. “Queremos que ele (Greenwald) venha à comissão e explique como conseguiu as gravações”, cobrou.
O objetivo do convite ao jornalista é investigar como as mensagens foram gravadas e se houve a instalação de escutas telefônicas clandestinas nos aparelhos celulares dos membros da Lava Jato.
A comissão também quer saber quem está por trás das gravações e se os grampos telefônicos envolvem mais pessoas ligadas à operação Lava Jato. “Existem muitas perguntas sem respostas! Existe um mandante para as gravações? Os grampos ainda estão ativos?”, questionou delegado Pablo.
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