Após as polêmicas envolvendo a troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e procuradores da operação Lava Jato, algumas autoridades se manifestaram. Uma delas foi o presidente da comissão especial da Reforma da Previdência, deputado federal Marcelo Ramos.
Para ele, o ministro da Justiça e Segurança Pública deveria se afastar voluntariamente do cargo até que os fatos a respeito da suposta colaboração entre o então juiz e procuradores da Lava Jato sejam esclarecidosAfastamento. “Diferente dele (Moro), não adéquo minha interpretação da lei conforme o acusado. Não vejo nenhuma imposição constitucional que justifique o afastamento. Mas penso que, como refém do próprio discurso, ele deveria pedir afastamento voluntário. Acho que o Moro juiz indicaria ao Moro ministro o afastamento até esclarecer os fatos.”
De acordo com Ramos, que é advogado e professor de Direito Constitucional, o afastamento de Moro não só seria a melhor atitude para não tumultuar ainda mais a discussão da reforma da Previdência, mas também garantiria “liberdade de investigação” à Polícia Federal, uma vez que o ministro controla a Polícia Federal.
Ramos disse, também, que é preciso ter responsabilidade de não se deixar contaminar a tramitação da proposta. “Os fatos envolvendo o ministro Moro, se confirmados, atentam contra o Estado Democrático de Direito, mas temos a responsabilidade de não deixar que contamine o andamento da Reforma da Previdência que seguirá o calendário definido pela comissão”, disse o presidente da comissão.
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