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22 detentos mortos no massacre nos presídios eram temporários

Dos detentos provisórios que foram mortos na chacina, 15 eram internos do Instituto Penal Antônio Trindade - (IPAT)

05/06/2019 às 11h01
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Reprodução
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Dos 55 detentos mortos nos massacres ocorridos nos dias 26 e 27 de maio, 22 detentos estavam em prisão temporária, ou seja, aguardavam uma senteça judicial para seus casos, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).

A prisão temporária é uma espécie de prisão cautelar, sendo instrumental para a apuração de um crime grave. No caso, a pessoa que foi acusada de um crime é mantida presa até o julgamento. 

O preso provisóio  fica detido, por conta de um pedido especial do Ministério Público, de autoridades policiais ou vítimas, determinado por um juiz. Essa prisão é composta por três modalidades: temporária, preventiva e flagrante.

As mortes

Dos detentos provisórios que foram mortos na chacina, a maioria era interno do Instituto Penal Antônio Trindade - (IPAT), localizado no KM 8 da BR 174, que totalizou 15 presos provisórios assassinados dentro de suas dependências.

Em sequência vem a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), localizado no bairro Puraquequara, zona Leste de Manaus, que contou com 4 internos assassinados por detentos dentro de suas dependências, ainda em caráter de regime provisório.

Por último, vem o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), também localizado no KM 8 da BR 174, que contou com 3 internos em caráter de prisão em regime provisório sendo assassinados em suas instalações.

Todos os presos provisórios foram mortos no dia 27 de maio. 

Perfil dos presos provisórios assassinados no massacre dos dias 26 e 27 de maio

Unidade Prisional do Puraquequara (UPP)

O detento Emerson Matheus Pinto da Silva, 21 anos estava na unidade prisional por  tráfico de drogas, associação ao tráfico, porte ilegal de armas de uso permitido e receptação. 

Pablo Roberto Nascimento Ferreira da Silva, tinha 32 anos, e estava preso por porte ilegal de arma de uso restrito e  tráfico de drogas.

Orlanildo de Souza Alves, de 32 anos, aguradava julgamento para os crimes de  roubo majorado, associação ao crime, tráfico de drogas, tráfico de drogas e associação ao tráfico. 

Jhon Vagner Souza da Silva, de 27 anos, foi preso por porte ilegal de arma de uso restrito. 

Centro de Divisão Provisória Masculino (CDPM I)

Lucas Vieira Cavalcante de Abreu, de 21 anos, estava preso por  tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. 

Diego Sabino de Araújo, 28 anos, estava na unidade prisional aguradando julgamento pelo crime de homicídio qualificado. 

Luan de Lima Soares, tinha 24 anos e estava no CDPM I por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Instituto Penal Antônio Trindade - (IPAT)

André da Silva Moraes, de  23 anos, aguardava julgamento no IPAT, por roubo. 

Allison Fontoura da Silva, tinha 25 anos e estava preso por homicídio, roubo e formação de quadrilha. 

André Henrique Bastos dos Santos, de 21 anos, aguardava julgamento pelo crime de tráfico de drogas. 

André Silva Domingos, de 25 anos estava preso por tráfico de drogas e furto. 

Bruno de Oliveira Araújo, de 32 anos, estava no IPAT aguardando julgamento por tráfico de drogas.

Ernandes da Silva Oliveira, 25 anos, foi preso por tráfico de drogas.

Fabio Silva Maciel, de 30 anos, estava na unidade preso por furto qualificado.

Gabriel Ilario Lopes de Jesus, 21 anos respondia pelo crime de homicídio. 

Guilherme Ferreira Coelho, tinha 22 anos e respondia por tráfico de drogas.

Ivanilson Calheiro Amorim, de 28 anos, aguardava julgamento por corrupção de menores, roubo e furto. 

Jonathan de Oliveira Procópio, de 22 anos estava preso por homicídio. 

Moises Silva da Silva, de 30 anos, preso por tráfico de drogas. 

Paulo da Silva Oliveira, tinha 34anos e aguardava julgamento pelo crime de formação de quadrilha. 

Thaylon da Silva Timóteo, de 23 anos, respondia por tráfico de drogas.

Thiago Moreira Lima, de 29 anos, estava no IPAT aguardando julgamento por tráfico de drogas.

Relembre o caso

Nos dias 26 e 27 de maio de 2019, 55 detentos das unidades prisionais Instituto Penal Antônio Trindade - (IPAT), Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM I) foram assassinados.

Segundo as investigações, os atos ocorreram por conta de uma briga de facções por disputa de poder pelo tráfico de drogas dentro da capital.

As investigações também analisam uma suposta ''traição'' por membros de alto escalão dessas facções, o que teria motivado retaliações, que resultaram nas 55 mortes dos detentos.

Após a chacina, 26 detentos considerados de alta periculosidade foram transferidos para Presídios Federais. Vinte dos 26 presos transferidos na última semana foram para presídios localizados em Brasília (DF). O restante foi para o estado do Paraná.

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