Dez homens que integram a Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) chegaram a Manaus na noite dessa terça-feira (28). A equipe vai auxiliar no monitoramento do sistema prisional do Estado. A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
A Força-Tarefa ficará no Estado por 90 dias. A ação foi autorizada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, após o massacre que deixou 55 detentos mortos, no domingo (26) e segunda-feira (27), nos presídios do Amazonas.
A tropa deve atuar principalmente na segurança do complexo penitenciário, localizado no km 8 da BR-174, onde estão instalados o Anísio Jobim (Compaj), Centro de Detenção Provisória Masculina 1 e 2 (CDPM), Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e o presídio feminino.
O pedido de apoio da força-tarefa foi feito pelo governador do Amazonas, Wilson Lima. Os agentes estavam em Boa Vista (RR).
A FTIP, foi criada em janeiro de 2017. Na atual gestão, o Depen passou a coordenar, exclusivamente, a força-tarefa em apoio aos governos estaduais em situações extraordinárias de crise no sistema penitenciário para controlar distúrbios e resolver outros problemas.
Formada por agentes federais de execução penal dos 26 estados da federação e do Distrito Federal, a FTIP obedece o planejamento definido pelos entes envolvidos na operação, sempre que houver necessidade de sua atuação.
A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) é responsável pela segurança da área externa do Complexo Penitenciário Anísio Jobim desde 09 de janeiro de 2017. A FNSP continuará atuando no local, mesmo com a instalação da FTIP.
Transferência
Na tarde de terça-feira (28), a Seap realizou a transferência dos primeiros nove detentos identificados como sendo líderes dos assassinatos ocorridos no sistema penitenciário do Estado.
A transferência dos detentos para presídios federais de segurança máxima foi uma resposta à solicitação do governador do Amazonas, Wilson Lima, ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
A Seap informa ainda que, por questões estratégicas, não pode divulgar o destino dos detentos neste momento.
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