Wilson Lima, governador do Amazonas, anunciou, na tarde desta terça-feira (28), que o contrato do Governo do Estado com a empresa Umanizzare no Completo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) encerra no próximo sábado (1º). Ele também afirmou aos jornalistas presentes que não há como indenizar famílias de presos mortos. Segundo Lima, o Estado está endividado.
O pronunciamento foi em entrevista na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Aleixo, Zona Sul de Manaus.
A decisão vem à tona após 48h do início da última rebelião em presídios do Amazonas que resultou até o momento na morte de 55 detentos. Os assassinatos ocorreram no domingo (26) e na segunda (27).
Segundo o governador, irá ser feita uma cotação de preço para contratar outras empresas para administrar o Compaj. A Umanizzare deve continuar administrando o complexo até a instalação efetiva da nova empresa.
Famílias das vítimas
39 famílias dos detentos mortos nas unidades prisionais durante a última rebelião, iniciada na tarde do último domingo (26) e que continuou na segunda (27), em Manaus, foram ouvidas por equipes de atendimento psicossocial nesta terça (28). A informação foi divulgada pela assessoria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Dos mortos na segunda, total 40, resta apenas uma família para as equipes concluírem a etapa de apresentação da documentação do representante familiar e do falecido para auxiliar na identificação, garante a Seap e o Instituto Médico Legal (IML).
Massacre no Compaj
Uma indenização foi proposta pela Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) ao governo do Estado na época do massacre do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), ocorrido em 1° de janeiro de 2017. A ação teve como autor o então defensor público Carlos Alberto Almeida Filho, atual vice-governador do Estado.
"O Estado está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não temos como pagar uma indenização às famílias, infelizmente, até porque temos outras prioridades na lista, como o pagamento do 13° salário dos servidores do Estado", salientou.
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