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IML libera apenas um corpo dos detentos mortos no massacre

Os outros corpos devem ser liberados durante o restante do dia. Entretanto, seguem sem identificação

27/05/2019 às 12h35
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Josemar Antunes
Josemar Antunes

Após o massacre de domingo (26), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou na morte de 15 detentos do regime fechado, o Instituto Médico Legal (IML), até o momento, liberou apenas o corpo de Pedro Paulo Elo Xavier, de 25 anos. Ele foi morto por estrangulamento em uma das celas da unidade prisional. 

Ao jornal, a mãe do detento morto, Elcina Lima Melo, de 49 anos, disse que o filho foi condenado a oito anos de prisão no regime fechado por tráfico de drogas e culpou o Estado pela morte do filho. Chorando, ela afirmou que Pedro Paulo já estava prestes a ganhar liberdade. 

"Hoje estou levando o meu filho para ser enterrado por causa da Justiça que não existe. Eu já tinha solicitado a progressão, mas o Tribunal de Justiça enrolava. O pobre não tem direito. Só o rico tem direito de estar em liberdade após cometer crimes. Os políticos são alguns desses que se quer é preso. O Brasil é um país de corrupção. O quê mais choca, que mais dói numa mãe é ter que ouvir calúnia de uma sociedade sem coração que só sabe criticar e apontar o dedo. Quem nunca errou? Ninguém tem direito de julgar", disse sob emoção Elcina Lima, ao lamentar que a droga levou o seu filho para a prisão.

Outra parente, que preferiu não se identificar, disse apenas ser madrinha de um dos detentos mortos. Ela também culpou o Estado pelas mortes. 

"É dever do Estado cuidar da vida dos presos e dar todo o apoio. Eles estavam sob custódia do Estado por mais que estivessem errados. Essa Umanizzare tem que sair do sistema prisional. Eu faço apelo ao governador que verifique a real situação dos presídios", disse. 

Identificação 

A diretora do Instituto Médico Legal (IML), Sanmya Leite, informou à imprensa que o corpo foi liberado após a família entregar toda a documentação cível necessária e, que todos os outros 14 corpos já passaram por exames de necropsia. Alguns corpos ainda seguem sem identificação. Exames papiloscópico estão sendo realizados para ajuda na identificação. 

"Só está faltando o processo de identificação. As necropsias já foram realizadas, assim como fotos. Agora é realmente a comparação que depende do Instituto de Identificação (II). As informações do exame papiloscópico serão comparadas com os registros cíveis. Um corpo já foi liberado nesta madrugada. A intenção é liberar os corpos ao longo do dia, mas isso deve demorar por falta de informações. Ainda há quatro corpos sem qualquer informação. Estamos em contato com a Seap e Umanizzare para ajudar nas informações para se chegar ao reconhecimento. Outros métodos de exames de DNA devem auxiliar nos procedimentos de identificação", esclareceu a diretora Sanmya Leite, do IML.

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