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'Meus irmãos me obrigam a transar e ser olheira de facção', diz menor

Adolescente de 13 anos tinha que fazer programas com homens mais velhos e era ameaçada de ir para

02/05/2019 às 18h51 Atualizada em 02/05/2019 às 18h52
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Divulgação
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Cansada de sofrer abusos psicológicos e sexuais, uma adolescente de 13 anos procurou policiais militares da 15ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), na tarde desta quinta-feira (2), bairro Nova Cidade, Zona Norte de Manaus. A garota, ao denunciar os próprios irmãos, contou que era obrigada a vender drogas e a se prostituir nas ruas do conjunto João Paulo, zona Norte de Manaus.

A menina fugiu da casa da família por não aguentar os abusos. Ela tomou a atitude para pedir socorro dos policiais. Ela teria andado aproximadamente oito quilômetros, do conjunto João Paulo até a base da 15ª Cicom, situada na avenida Margarita, para denunciar o caso. Ela foi amparada pelo tenente Daniel Medeiros e o soldado Júlio Bezerra. 

“Vimos ela parada por alguns minutos em frente da base, foi quando chamamos ela para saber o que estava acontecendo. A garota disse que queria ajuda de uma delegacia. Levamos ela para dentro da sede e foi quando ela começou a relatar os tipos de violência que sofria em casa”, contou o tenente Medeiros.

Ainda segundo o tenente, a menina contou que um dos irmãos a ameaçava de morte se ela não ficasse como "olheira da boca de fumo" comandada por ele. A jovem era responsável por avisar os traficantes sobre a aproximação da polícia.

Além dessa situação, a menina ainda era agenciada por uma irmã mais velha, de 27 anos, que a levava para um ponto de prostituição. A menina era aliciada por homens mais velhos. 

“Ela fala que era ameaçada pelo irmão para ficar sentada na frente da boca de fumo e avisá-lo quando a polícia chegava ao local. Se ela não ficasse, ele dizia que ela ia ser levada para outro traficante e colocada no ‘varal’. A outra irmã fazia ela se prostituir e cobrava R$ 20 pelo programa. Essa irmã pegava o dinheiro para consumir entorpecentes”, explicou o tenente. 

“Fora esses casos, a vítima contou, ainda, que o padrasto dela já havia tocado em suas partes íntimas. Ela disse que o homem fez isso quando ela pediu para namorar um rapaz. Imediatamente, o padrasto disse que - antes de outros homens - ele teria que ser ó primeiro a prová-la”, contou Medeiros. 

Após os fortes relatos da vítima, os policiais foram até a casa da menina e conduziram ela e a mãe à Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca). A menina foi ouvida pela equipe de investigação e pela equipe psicossocial. 

A mãe da adolescente, que não se identificou, alegou ao Em Tempo que a menina estava contando mentiras e queria chamar atenção.

“Ela fugiu de casa, porque é preguiçosa e deixou até de estudar. Ela está inventando tudo isso”, disse a mulher. A Depca investiga o caso.

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