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Guaidó volta à Venezuela e entra pelo principal aeroporto do país

Líder da oposição foi recebido no desembarque por embaixadores de países europeus

04/03/2019 às 13h56
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Globo
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Reprodução
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O líder opositor Juan Guaidó anunciou, às 12h23 desta segunda-feira (hora local, 13h23 no Brasil), que voltou à Venezuela e entrou no país. "Já em nossa terra amada! Venezuela, acabamos de passar a Imigração e nos mobilizaremos onde esteja nosso povo", disse pelo Twitter. "Entramos na Venezuela como cidadãos livres."

Guaidó chegou pelo Aeroporto Internacional Simón Bolívar, o principal do país, localizado na cidade de Maiquetía, vizinha a Caracas. Vários embaixadores de países europeus, entre eles Alemanha, França e Espanha, foram esperá-lo no desembarque.

O líder opositor estava no exterior desde 22 de fevereiro, véspera da data marcada para a entrada de ajuda internacional na Venezuela, plano da oposição que fracassou ao não atingir o objetivo de levar a cúpula militar a romper com o governo  de Nicolás Maduro.

No domingo, Guaidó convocou uma série de protestos por toda a Venezuela para as 12h de Brasília (11h locais) desta segunda-feira. Ele seguiu direto do aeroporto para uma manifestação em Caracas.

Mais cedo, o opositor de Maduro havia enviado uma mensagem de áudio aos venezuelanos:

— Caros venezuelanos, quando escutarem esta mensagem, estarei a caminho de casa, de nossa casa. Vou voltar e penso na honrosa oportunidade que tenho de voltar, penso nos milhares de venezuelanos que encontrei nestes dias — disse, em um áudio postado no Twitter. — Confirmo que não teria tarefa mais bonita que voltar à minha pátria para mobilizá-los a continuar atrás de oportunidades.

Presidente da Assembleia Nacional de maioria oposicionista, que classificou o presidente Nicolás Maduro como um "usurpador" do cargo, Guaidó se proclamou presidente interino no dia 23 de janeiro e foi reconhecido por 50 países, incluindo o Brasil.

No final de janeiro, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, composto por juízes alinhados a Maduro, o proibiu de sair do país. O próprio Maduro advertiu que ele teria que "responder diante da Justiça", assim como o número dois do regime, Diosdado Cabello. No domingo, no entanto, fontes ligadas ao governo ouvidas pelo diário espanhol El País disseram que a principal determinação era “evitar cair em provocações”.

Durante o tempo fora, Guaidó viajou por Colômbia, Argentina, Brasil, Paraguai e Equador, e reuniu-se com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em Brasília. No áudio divulgado mais cedo, Guaidó afirma que, durante a viagem, obteve “altos níveis de apoio internacional” para a Venezuela.

Diversos países emitiram declarações defendendo que Guaidó regressasse sem transtornos nem repressão à Venezuela. No sábado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou um comunicado oficial sobre o assunto:

“O governo brasileiro, ao rechaçar as intimidações e ameaças do regime Maduro contra o presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, e sua família, manifesta a expectativa de que sua volta à Venezuela ocorra sem incidentes e que os direitos e segurança do presidente Guaidó, seus familiares e assessores sejam plenamente respeitados por aqueles que ainda controlam o aparato de repressão do regime”, afirmou o Itamaraty.

A União Europeia (EU), por meio de sua diplomata-chefe, Federica Mogherini, “sublinhou a sua convicção de que a solução para a crise multidimensional que afeta a Venezuela precisa ser política, democrática e pacífica”, acrescentando que os membros da Assembleia Nacional “gozam da imunidade outorgada pela Constituição, que deve ser plenamente respeitada”. Em vistas disso, ressaltou que Guaidó e os demais membros da Assembleia Nacional “devem poder exercer o seu mandato parlamentar sem intimidação sobre eles nem sobre os membros de sua família”.

Já John Bolton, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, afirmou que os EUA responderão com energia qualquer ato contra Guaidó.

— O presidente interino Juan Guaidó anunciou sua prevista volta a Venezuela. Qualquer ameaça ou ato contra o seu retorno seguro terá uma resposta forte e significativa por parte da comunidade dos Estados Unidos e da comunidade internacional — afirmou Bolton.

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