No discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, na abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o português falou, sem citar nenhum país especificamente, que uma "campanha insidiosa procurou afogar o pacto de Migrações em uma enxurrada de mentiras sobre a natureza e o alcance do acordo". Em janeiro, o governo Bolsonaro abandonou o Pacto Global de Migração da ONU.
Questionada sobre o comentário feito pelo representante da ONU, a ministra Damares Alves, do ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, disse que o Brasil tem outras formas de cuidar da migração.
— Nós temos um modo próprio de cuidar dos nossos imigrantes e o Brasil é um país acolhedor. Isso está na história da nossa nação. Ter saído do pacto não significa que não vamos estar acolhendo (os imigrantes) — disse.
Também presente na abertura do Conselho, o secretário nacional de Proteção Global, Sergio Queiróz, disse que a maneira como o Brasil está recebendo os refugiados venezuelanos é uma lição prática do que o governo Bolsonaro faz em relação ao tema. Desde agosto de 2018, segundo ele, 10 mil venezuelanos cruzaram a fronteira. O grande desafio do país agora, de acordo com o secretário, é a interiorização dos venezuelanos que estão nos abrigos de Pacaraima e Boa Vista.
Mín. ° Máx. °