Vice-governador do Amazonas e secretário de saúde, Carlos Almeida Filho afirmou, na manhã desta terça-feira (5), durante a sessão de abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa (Aleam), que o estoque de medicamentos do estado “não é suficiente e está longe do necessário”. Segundo ele, a carga de abastecimento, hoje, é de apenas 12%.
O secretário, em pronunciamento, classificou a atual situação da saúde no estado como de “extremidade crítica”. Ele assegura que a regularização mínima do problema deve levar seis meses.
“A quantidade de medicamentos não é suficiente, está longe do necessário. Mas nós regularizaremos. Serão seis meses para regularização miníma. Precisaremos do ano inteiro para a regularização normal. O nosso abastecimento hoje está em 12%”, afirmou.
Crise na saúde
Segundo reportagem da Rede Amazônica, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) estaria limitando diretores de unidades de saúde de passarem informações sobre estoque de medicamentos e outros problemas ao Ministério Público e até mesmo a pacientes. Segundo os Ministérios Públicos Estadual e Federal, há uma investigação sobre a crise na saúde e a falta de remédios em hospitais. A ausência do secretário de saúde Carlos Almeida às reuniões com a Procuradoria do Estado também está sendo investigada pelos órgãos.
Nesta segunda-feira (4), mães de crianças autistas se reuniram em uma manifestação para reivindicar a reposição do remédio Risperidona, que ajuda no controle da violência de crianças com o diagnóstico. Este caso, em particular, expõe a urgência na reposição de medicamentos no estado.
Neste domingo (3), médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde no Amazonas foram à rua em protesto para denunciar a situação da saúde na rede pública e o atraso no pagamento de salários de empresas terceirizadas.
Um dia antes, pacientes e familiares relataram a falta de médicos e demora para realização de exames em diversos hospitais da capital amazonense.
Secretário e vice explica próximos passos
De acordo com Carlos Almeida Filho, o governo trata, primeiramente, o reestabelecimento do pagamento dos fornecedores. Ainda assim, ele reitera que medidas sejam implementadas para que o fornecimento de medicações seja regularizado.
"Com relação ao pagamento de fornecedores, é isso o que estamos tratando agora. O governador já designou para tomarmos providências. O abastecimento de medicamentos está muito abaixo do necessário e faz com que diversas medidas sejam implementadas para que haja o fornecimento adequado”, disse.
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