Publicidade

Funcionários cruzam os braços e alguns ônibus não circulam em Manaus

Aproximadamente 600 funcionários da empresa Açaí Transportes Coletivos deixaram de trabalhar na manhã desta quinta-feira (21)

21/12/2018 às 09h42
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
Compartilhe:
Reprodução
Reprodução

 Aproximadamente 600 funcionários da empresa Açaí Transportes Coletivos paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira (21). Motoristas e cobradores ficaram reunidos em frente à empresa, situada na avenida Comendador José Cruz, bairro Lago Azul, Zona Norte de Manaus, em protesto pelo atraso do 13° salário. 

O movimento grevista teve início ainda na tarde de quinta-feira (20), quando os quase 70 veículos que circulam pela capital foram recolhidos para as garagens por volta das 16h. 

De acordo com o cobrador Claudomiro Silva, que abraçou o movimento pelos direitos trabalhistas da categoria, a empresa não fez o depósito do 13° salário e nem o adiamento salarial, que foi acordado em reuniões com a classe rodoviária.

"Nosso objetivo não era parar o sistema e muito menos prejudicar a população. Nós só queremos os direitos trabalhistas. Trabalhamos desde o início do ano e quando chega o dia de pagamento é essa situação. Muitos aqui dependem de aluguel, compra alimentos fiado em comércio e tem dívidas com cartão de crédito. O empresário precisar entender que também temos famílias e compromissos", explicou. 

Os rodoviários denunciam que, além do atraso de salários, também são obrigados a dirigir veículos com problemas pelas ruas, colocando em risco a vida de pedestres, usuários do transporte coletivo e do próprio trabalhador. 

"Se você não concorda em sair com o veículo nas péssimas condições, o funcionário é punido com três, quatro e até sete dias. Muitos desses ônibus estão rodando pelas ruas colocando em risco a vida de pessoas", denunciou um motorista de 45 anos, que preferiu não se identificar. 

Os funcionários ressaltaram que mesmo procurando os direitos trabalhistas, com movimento de paralisação, o dono da empresa já confirmou a demissão dos envolvidos no ato. 

A reportagem procurou o proprietário da empresa, que assistia de longe o protesto, porém ele não quis falar com a imprensa. 

Um representante da empresa informou que 40% da frota estava circulando na cidade. Entretanto, a categoria contrariou a versão. Segundo os rodoviários, dez ônibus saíram da garagem conduzidos por manobristas sem experiência de rua. 

Ao Em Tempo, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTR), Josenildo Silva, conhecido como "Mossoró", disse que uma reunião está marcada às 11h com prefeito Arthur Virgílio Neto, para decidir a situação da categoria. Caso não seja favorável, a paralisação dos rodoviários será 100% em todas as empresas do transporte coletivo de Manaus.

"Vamos nos reunir com os donos das empresas, prefeito e representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram). Se não houver acordo, a greve será geral a partir de hoje", garantiu. 

Além da empresa Açaí, os trabalhadores da empresa Líder Transporte também iniciaram uma paralisação por volta das 4h. Em uma conversa com os funcionários, o diretor da empresa Tadeu César pediu paciência e voto de confiança até o final da reunião com representantes do sindicato e prefeito.

A reportagem aguarda um posicionamento do Sinetram sobre o movimento de paralisação de alguns rodoviários nesta sexta. 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
°

Mín. ° Máx. °

° Sensação
km/h Vento
% Umidade
% (mm) Chance de chuva
20h00 Nascer do sol
20h00 Pôr do sol
Sex ° °
Sáb ° °
Dom ° °
Seg ° °
Ter ° °
Atualizado às 20h00
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,14 +0,96%
Euro
R$ 5,54 +1,29%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,43%
Bitcoin
R$ 340,557,87 +1,33%
Ibovespa
128,188,34 pts -1%
Publicidade