O Primeiro Comando da Capital (PCC) continua servindo de modelo para as outras gangues surgidas no sistema prisional brasileiro. O Primeiro Comando do Panda (PCP), nascido em uma das principais prisões de Rondônia (RO), foi identificado pelas autoridades na Penitenciaria Estadual Edvan Mariano Rosendo, mais conhecida como Urso Panda, em Porto Velho, conforme divulgado pelo Portal UOL nesta segunda-feira (3).
RO é um dos nove estados brasileiros onde o PCC disputa diretamente com o Comando Vermelho o controle das rotas e do comércio de tráfico de drogas e armas, além da influência nos presídios.
De acordo com o sistema Geopresidios, do Conselho Nacional de Justiça, exatos 772 presos cumprem pena no presídio Urso Panda - 114% acima da capacidade da unidade.
Aliados da facção paulista na disputa contra os rivais do Rio de Janeiro, "os pandas" estão em atividade há pelo menos dois anos. Atualmente, ela é a 15ª facção associada ao PCC.
De acordo com o portal UOL, exatos 78 presos morreram nas prisões rondonienses entre os anos de 2014 e 2017. Desse total, 14 foram assassinados (18%) e dez cometeram suicídios (13%). Chama atenção também para os números de óbitos classificados como "causa indeterminada": 22 mortes (28%), o que pode indicar uma maior quantidade de mortes violentas.
"Independentemente da guerra deflagrada, os dados demonstram que 25% dos presos das unidades localizadas na capital Porto Velho são filiados a organizações criminosas e estão envolvidos em boa parte dos crimes de natureza grave, tais como homicídios, latrocínios, roubos e tráfico de drogas", afirmou o promotor de Justiça Cláudio Wolff Harger.
Além das unidades estaduais, Porto Velho também sedia um dos cinco presídios federais existentes no País. Em outubro, a PF deflagrou na capital uma operação para prender membros do PCC que estariam planejando ataques em seis cidades do país.
Até o presente momento, os Pandas de Porto Velho não foram alvos de qualquer operação policial de grande porte.
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