Desde a recusa de Josué Gomes (PR) para a vaga de vice, Geraldo Alckmin (PSDB) tem discutido com seus principais aliados quem será escolhido para o posto. No final de semana, dois nomes estavam entre os preferidos do ex-governador: Aldo Rebelo (SD-SP) e o da senadora Ana Amelia (PP-RS).
No comitê tucano, o impasse da escolha se dá por uma série de motivos, mas, entre os principais fatores, a avaliação de cenários feita no final de semana de que o melhor nome para o primeiro turno não seria o melhor perfil para agregar à chapa em uma eventual disputa no segundo turno.
Um integrante da campanha explicou que, no primeiro turno, o "ideal" seria um nome que pudesse recuperar votos que Alckmin, segundo as pesquisas, perdeu para Jair Bolsonaro (PSL). Mas, se o tucano chegar ao segundo turno, concorrendo com um nome mais à esquerda, o perfil do vice teria de ser mais à esquerda, completa o aliado do tucano.
Por isso, antes de bater o martelo, tucanos farão pesquisas para saber qual o melhor nome de vice nos diferentes cenários. A expectativa é anunciar o escolhido antes da convenção que vai oficializar o tucano como candidato à Presidência – marcada para dia 4 de agosto.
A indefinição da vice não é um problema apenas de Alckmin. Jair Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT) também ainda não anunciaram os seus escolhidos.
Na semana passada, o ex-governador do Ceará Cid Gomes e irmão de Ciro disse ser "natural" que a vice ficasse com o PSB. O partido, porém, ainda não anunciou o seu apoio a Ciro.
Ciro também acena para o PCdoB, que tem como pré-candidata à Presidência Manuela D'Avila.
Bolsonaro já teve como candidatos a vice Janaina Pascoal e também o senador Magno Malta – mas, sem resposta afirmativa, ele segue à procura do nome ideal.
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