A Fundação Carlos Chagas, responsável pela elaboração e aplicação das provas do concurso da Defensoria Pública do Estado (DPE) no Amazonas, se pronunciou sobre o caso de envelopes encontrados rompidos durante o certame. A fundação informou que apesar do incidente, “não houve qualquer prejuízo à segurança do concurso e que a idoneidade e lisura foram preservadas”. Os envelopes foram entregues na manhã desta segunda-feira (5) à Polícia Civil. O gabarito foi divulgado hoje.
Em nota, a FCC afirma que a elaboração das provas, impressão e empacotamento seguiram todos os procedimentos de segurança. A fundação contratada pela DPE esclareceu que, no caso ocorrido na Fametro, os responsáveis nos locais de prova realizaram o procedimento de verificação da inviolabilidade das provas.
“Após a abertura das caixas de provas, que estavam lacradas, os coordenadores, na presença da Comissão e dos três candidatos, constataram que as embalagens plásticas que acondicionavam os cadernos de questões de 4 quatro salas, apresentavam a lateral das embalagens rompidas. Constatada a inviolabilidade das caixas de provas, todos os pacotes de provas foram entregues em suas respectivas salas, inclusive os pacotes das 4 salas (16, 17, 18 e 19), acompanhados dos três candidatos que comprovaram a inviolabilidade das caixas de provas, juntamente com a Comissão do Concurso”.
No posicionamento a FCC diz ainda acreditar que problemas no lote de fabricação, condições do transporte ou variação nas condições de temperatura possam ter causado a abertura na lateral das embalagens.
“Considerando a atuação conjunta dos três fatores apresentados acima, temos um quadro favorável ao rompimento natural das embalagens, sem a interferência do fator humano, sobretudo quando observamos a aleatoriedade e a concentração, com a qual os materiais foram afetados, quais sejam, a caixa V115070, que armazenava os pacotes das salas 15, 16, 17 e 18, sendo afetadas com o rompimento da “lateral selada” de três das quatro embalagens, das salas 16, 17 e 18, enquanto a caixa V115071, que armazenava os pacotes das salas 14, 19, 30 e 31, fora afetada somente a embalagem da sala 19”, informou.
A fundação esclareceu ainda que os cadernos são impressos em quantidade correspondente aos inscritos. Antes da distribuição, a FCC constatou que as provas estavam intactas e a quantidade era correspondente ao que foi impresso. As provas foram entregues à Polícia Civil para serem analisadas.
Suspeita de fraude
A suspeita de fraude no concurso ocorreu nesse domingo (4). Os problemas foram registrados nas salas 16, 17, 18 e 19 da Faculdade Metropolitana de Manaus, localizada na Zona Centro-Sul de Manaus. Uma candidata que fez a prova na sala 14 afirmou que o problema também foi registrado lá.
Ontem, a DPE reconheceu que, "no momento da abertura das caixas contendo as provas das salas 16, 17, 18 e 19, constatou-se que quatro envelopes, contendo os respectivos cadernos de prova, estavam com a lateral aberta". Segundo a DPE-AM, no entanto, a caixa onde os envelopes eram armazenados estava completamente lacrada.
A DPE-AM informou que os candidatos que quiserem entrar com recurso administrativo pelo concurso deve contatar a Fundação Carlos Chagas e seguir os procedimentos previstos em edital.
O órgão informou que 3.026 pessoas se inscreveram para a disputa de 25 vagas para o cargo de defensor público do Amazonas. O salário oferecido é de R$ 14 mil.
O gabarito do concurso e as questões objetivas foram divulgados nesta segunda-feira (5) pela FCC no site.
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