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Relatório de Mueller sobre Rússia diz que Trump não cometeu crime, mas também não o exonera

Decisão sobre crime de obstrução de justiça ficou a cargo do próprio procurador, que considerou presidente inocente.

24/03/2019 às 16h16
Por: Larissa Botelho Fonte: G1
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Divulgação
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O relatório do procurador especial Robert Mueller sobre a possível interferência russa nas eleições dos EUA de 2016 não recomenda novos indiciamentos e, embora não conclua que o presidente Donald Trump cometeu um crime, também não o exonera.

Segundo a investigação, o presidente não participou de uma conspiração com a Rússia, mas pode ter cometido atos que caracterizam obstrução de justiça, o que seria outro crime.

No entanto, o Conselho deixou a cargo do próprio procurador-geral a decisão de determinar se a conduta descrita no documento constitui ou não o crime de obstrução de justiça e Barr decidiu que Trump é inocente também nessa questão.

“O Conselho Especial não descobriu que a campanha Trump, ou qualquer pessoa associada a ela, conspirou ou coordenou com o governo russo nesses esforços, apesar das múltiplas ofertas de indivíduos afiliados russos para ajudar na campanha Trump ”, segundo o procurador-geral dos EUA Robert Barr, que resumiu o relatório em uma carta enviada pelo Departamento de Justiça dos EUA ao Comitê Judiciário do Congresso neste domingo (24).

Na carta de quatro páginas enviada ao Congresso, Barr diz ainda que, embora sua análise ainda esteja em progresso, ele acredita ser de interesse público descrever o relatório e resumir suas principais conclusões.

Mueller entregou seu relatório a Barr na sexta-feira, após uma investigação que durou 675 dias. No mesmo dia a imprensa americana afirmou que o documento não recomendava nenhum indiciamentoalém dos 34 que já foram realizados.

Como explica a Associated Press, Mueller apresentou seu relatório a Barr em vez de diretamente ao Congresso e ao público porque, diferentemente de conselheiros independentes como Ken Starr no caso do presidente Bill Clinton, sua investigação operava sob a supervisão do Departamento de Justiça, que o nomeou.

Membros do Partido Democrata no Congresso pressionam para ter acesso à íntegra do relatório, inclusive afirmando que irão recorrer à Justiça.

Ao longo da investigação, diversas pessoas associadas a Trump e até mesmo membros de sua família foram apontados como autores de possíveis irregularidades e como nomes que poderiam aparecer no relatório como recomendados a indiciamento.

Entre eles estão Donald Trump Jr., que ajudou a organizar uma reunião da Trump Tower no auge da campanha de 2016 com uma advogada ligada ao Kremlin, e o genro de Trump, Jared Kushner, que foi entrevistado pelo menos duas vezes pelos promotores de Mueller.

Ao todo, Mueller indiciou 34 pessoas, incluindo o ex-chefe de campanha do presidente, Paul Manafort, seu primeiro conselheiro de segurança nacional, Michael Flynn, e três empresas russas. Vinte e cinco russos foram indiciados por acusações de interferência eleitoral, acusados de hackear contas de e-mail de democratas durante a campanha ou de orquestrar uma campanha de mídia social que espalhou desinformação online.

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