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Bolsonaro convoca reunião de emergência com ministros para debater crise na Venezuela

Governo brasileiro decidiu manter a oferta de ajuda humanitária com o mesmo cronograma planejado

22/02/2019 às 15h56
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Globo
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Reprodução
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O presidente da República, Jair Bolsonaro , convocou para a tarde desta sexta-feira uma reunião com titulares e representantes de dez ministérios para discutir a crise naVenezuela. O governador de Roraima, Antonio Denarium , participará por vídeoconferência. A fronteira foi fechada na noite de quinta-feira  pelo presidente NicolásMaduro , mas o governo brasileiro manteve intacto até agora o plano de levar ajuda até Pacaraima (RR), cidade que faz divisa com a Venezuela, neste sábado.

Participarão da reunião convocada pelo presidente os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Fernando Azevedo (Defesa), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Floriano Peixoto (Secretaria-Geral). Também estarão presentes três secretários executivos de outras pastas: Luiz Pontel (Justiça), Otávio Brandelli (Relações Exteriores),  Marcelo Sampaio (Infraestrutura).

O governo brasileiro decidiu manter a oferta de ajuda com o mesmo cronograma planejado antes da decisão de Maduro. Um avião com mantimentos, inclusive, já chegou a Boa Vista (RR). Pelo acordo do Brasil com o presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, caberá aos venezuelanos virem até Pacaraima, em Roraima, para receber a ajuda. O fechamento da fronteira deixou um clima tenso na região e duas pessoas morreram em confrontos entre forças venezuelanas e moradores de uma  comunidade indígena a 70 km da fronteira brasileira.

— Nós vamos determinar agora algumas ações. Por enquanto está mantida a ajuda humanitária e nós vamos definir situações e como as estratégias serão executadas — disse o governador de Roraima a reportagem antes de entrar para a videoconferência.

Na noite de quarta-feira, Maduro já começara a mobilizar tropas e veículos militares na fronteira entre seu país e o Brasil, reagindo ao inesperado anúncio de participação brasileira na entrega da ajuda.

A oposição venezuelana aposta na articulação da entrega de doações estrangeiras por meio das fronteiras de Colômbia e Brasil. Não só para atenuar o sofrimento do povo local, mas também para tentar sensibilizar membros das Forças Armadas venezuelanas, hoje o principal pilar de sustentação de Maduro no poder. A cúpula militar jura lealdade ao líder bolivariano, que condena a ajuda internacional como um pretexto dos EUA para derrubá-lo.

Segundo o "The Washington Post", a oposição venezuelana planeja começar a formar canais humanos para transportar os carregamentos da Colômbia para a Venezuela no sábado às 09h do horário local em Cúcuta, no território colombiano (11h em Brasília).

A escassez na Venezuela de alimentos e remédios é efeito de uma crise econômica precipitada em 2013 pela queda do preço do petróleo, principal produto de exportação do país. A crise, agravada por sanções econômicas americanas, provocou uma queda do PIB de 54% em quatro anos. Carente de divisas, o país deixou de importar produtos básicos, e a inflação, que chegou a mais de 1.000.000% no ano passado, corroeu o poder de compra dos salários.

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