A defesa do ex-governador do Amazonas José Melo (PROS) e da esposa dele, Edilene Oliveira, afirmou que o casal não deve fazer delação premiada. A informação foi confirmada pelo advogado José Carlos Cavalcanti Júnior, após a prisão preventiva do político e da prisão da ex-primeira-dama, nesta quinta-feira (4).
A defesa informou que pretende ingressar com pedido de Habeas Corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região em Brasília. "Vamos trabalhar com isso a partir do momento que tivermos acesso a completude dos autos do processo", disse Cavalcanti Júnior.
O ex-governador e a esposa serão conduzidos ao Centro de Detenção Provisória Masculino e Feminino, respectivamente, por ordem da Justiça. Eles devem permanecer nos presídios até que o juiz natural da 4ª Vara Federal do Amazonas decida sobre o pedido subsidiário de transferência para presídio federal.
Segundo a defesa, Melo teme os riscos dentro da cadeia. "O ex-governador José Melo é alvo principal das quadrilhas, porque foi o que maior número apreensão de drogas e combateu o crime organizado (...) Ele alega e reitera inocência e por conta disso está abalado", completou.
Prisões
A Justiça Federal converteu a prisão temporária do ex-governador José Melo em preventiva e decretou a prisão da ex-primeira-dama Edilene Gomes Oliveira.
Melo cumpria prisão temporária de cinco dias, que expirava nesta quinta-feira (4). Com a decisão, ele permanecerá detido por tempo indeterminado.
Cassado por compra de votos na eleição de 2014, Melo foi preso durante a terceira fase da Operação Maus Caminhos, que apura desvios de verba e fraudes na área da Saúde.
A Polícia Federal diz que há movimentações financeiras atípicas nas empresas pertencentes à Edilene. Além disso, a ex-primeira-dama é investigada por suposta destruição de provas. A intimidação de testemunhas da "Maus Caminhos" também foi apontada pelo Ministério Público Federal.
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