Apesar da queda de 16,3%, o Amazonas passou a ser o maior produtor de castanha-do-brasil do País, em 2016, com quase 15 mil toneladas (t), segundo dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A quantidade produzida no Estado é quase metade da produção nacional que, em 2016, totalizou 34,6 mil t. O Estado era o terceiro maior produtor, em 2015.
A produção nacional de castanha-do-brasil apresentou uma redução de 14,7%, na comparação com 2015. Humaitá foi o município com maior produção nacional e Coari, o segundo maior, Beruri também foi destaque com a sétima maior produção. O valor da extração de castanha-do-brasil, no Amazonas, somou R$ 45,9 milhões.
O Acre, que liderava, em 2015, apresentou 8,7 mil t produzidas, uma redução de 37,7%. Problemas climáticos, relacionados à escassez de chuvas, afetaram as principais regiões produtoras no Estado, informou a pesquisa. Outro grande produtor nacional, o Pará, também apresentou redução em comparação aos números alcançados em 2015, 13,8% menor.
“Fatores climáticos e a redução natural da produtividade da espécie, que apresenta ciclo bianual, foram os principais fatores que justificaram a queda”, aponta o levantamento. Em 2016, dos 20 maiores produtores de castanha-do-Brasil, oito pertenciam ao Amazonas, seis ao Acre, quatro do Pará e dois de Rondônia.
Segundo a pesquisa, a produção extrativa total do Estado somou, em 2016, R$ 325,7 milhões. A região central do Amazonas foi a que apresentou o maior valor de produção, R$ 197,6 milhões, com destaque para Itacoatiara, com R$ 94,5 milhões.
O Amazonas foi o segundo maior produtor de açaí do País, em 2016, com 57,6 mil toneladas do fruto, apesar da queda de 12,3% na produção em relação a 2015, o Estado colaborou com 26,7% da produção nacional. A extração do fruto somou R$ 99,7 milhões.
O Estado possui seis municípios entre os 20 maiores produtores do Brasil, destacando-se Codajás, segundo maior produtor brasileiro com 25 mil toneladas. Os três principais municípios produtores continuam sendo Limoeiro do Ajuru (PA), Codajás (AM) e Oeiras do Pará (PA).
Valor
A madeira em toras foi o produto da extração vegetal que mais rendeu dividendos, em 2016, no Amazonas, 994 mil metros cúbicos (m³) que renderam R$ 157 milhões pelo valor da produção. O açaí foi o segundo produto a gerar mais riqueza. Foram colhidos 58 mil toneladas de açaí, o que gerou um valor de quase R$ 100 milhões. O terceiro produto vegetal foi a castanha, com uma produção de 15 mil toneladas e um valor de produção de quase R$ 46 milhões. “Importante destacar que o açaí e a castanha são produtos que preservam integralmente o meio ambiente na sua exploração”, ressalta o supervisor de disseminação de informações do IBGE no Amazonas, Adjalma Nogueira.
Nacional
O valor da silvicultura e da extração vegetal somou R$ 18,5 bilhões, em 2016, com crescimento de 0,8% em relação a 2015. A silvicultura (obtida em florestas plantadas), contribuiu com 76,1% (R$ 14,1 bilhões) do total, enquanto a extração vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas) teve participação de 23,9% (R$ 4,4 bilhões).
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