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Denúncia contra Sidney Leite por estupro volta à tona

No último domingo (3), o site

06/09/2017 às 10h54 Atualizada em 06/09/2017 às 11h08
Por: Portal Holofote Fonte: Amazonas1
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

No último domingo (3), o site "Amazonas1" voltou a repercutir uma denúncia contra o deputado estadual Sidney Leite (Pros), publicada pelo "Portal Holofote" em dezembro de 2016.

O deputado responde pelo crime de estupro de uma criança de 12 anos e tortura contra ela e contra a irmã dela, ocorridos em maio de 2004, quando Sidney era prefeito do município de Maués (a 268 quilômetros de Manaus).

A Denúncia 007/2016 contra o parlamentar foi formalizada pelo procurador-geral de Justiça do Amazonas, Fábio Monteiro, no dia 13 de maio do ano passado, elaborada com base no Procedimento Investigatório Criminal 807/2016. Procurado nesta semana, o Ministério Público do Estado informou que Monteiro não poderia comentar a tramitação do processo, porque ele corre em segredo de Justiça.

O processo está sob a relatoria do desembargador Paulo Cesar Caminha e Lima. Na denúncia, Fábio Monteiro afirma, na página “17” que se verificou indícios suficientes da prática dos dois crimes (estupro e tortura) contra as crianças citadas no processo.

A denúncia

Inicialmente, a família das vítimas denunciou os crimes ao Ministério Público Federal, no dia 12 de julho de 2004. Na época, a criança que sofreu o abuso relatou que comemorava o título de campeã com sua irmã e outras garotas em um torneio, em maio do mesmo, na comunidade de Bom Jesus, na Zona Rural de Maués, quando o então prefeito Sidney Leite  fez a entrega de medalhas aos vencedores e conversou com as crianças que estavam no local.

À noite, quando a vítima retornava ao barco que a levou para a comunidade, o assessor de Sidney, identificado como Herlito Carlos Nunes, o “Teló” a abordou e alegou que o prefeito gostaria de conversar com ela em particular, porque pretendia ajudar a mãe da vítima, que, na época, se tratava de um câncer. Ele a levou para outro barco, onde estava Sidney Leite, e, segundo a criança, foi o local onde ocorreu o abuso.

O estupro

Ao dar detalhes do crime em seu depoimento, a criança disse que Sidney a mandou entrar no barco, argumentando que os dois iriam “apenas conversar” e que “não era para ela ter medo”. A menina afirmou que ainda chegou a pedir para o prefeito não fechar a porta do camarote, mas ele não atendeu ao pedido, alegando que o local poderia ficar quente já que o ar condicionado estava ligado. Nesse momento, o assessor que levou a criança até o barco aguardava a menina do lado de fora.

Sidney pediu para que a criança sentasse na cama e falou para ela ficar calma, “pois ajudaria sua mãe doente, levando-a até Manaus para tratamento”, dando a elas toda a “assistência necessária”. Na ocasião, o deputado perguntou da menina se ela ainda era virgem. E  tendo ela respondido que “sim”, o então prefeito sorriu e afirmou que a vítima mentia, “pois não existiam mais meninas na idade dela que ainda fossem virgens”.

O então prefeito pediu para a criança tirar a roupa e tendo a menina respondido que “não” ia fazê-lo, ele gritou afirmando que a garota não sairia do barco enquanto não atendesse ao pedido dele  e a mandou  calar a boca. No mesmo momento, o próprio deputado deitou a menina na cama e tirou a roupa dela, mesmo a vítima pedindo que ele parasse.

E após retirar toda a roupa da garota, ele se despiu, colocou o preservativo em seu órgão sexual  e deitou-se sobre a menina. Na ocasião,  Sidney pediu para a menina não ter medo, que a relação “não iria doer” e em seguida segurou os dois braços dela e passou a ter relações sexuais com a criança e, antes de terminar, ele a mandava calar a boca afirmando que “estava perto de conseguir a vitória”. A criança disse que não entendia o que ele queria dizer, mas ficou com medo de pedir socorro.

E após terminar o ato sexual, Sidney retirou o preservativo e chegou a dizer que ela “não tinha sangrado muito”, pediu para a criança se limpar com papel higiênico e ordenou que ela fosse embora e não falasse nada a ninguém.

A tortura

Ao saber que as duas irmãs tinham prestado depoimento do crime ao Ministério Público Federal, o diretor da escola delas, Leonilson Tavares de Melo, e um homem identificado como Zózimo da Costa, as procuraram para constrangê-las e ameaçá-las de assassinar a mãe das meninas, caso elas prosseguissem com a denúncia. Eles queriam obrigá-las a dizer que a denúncia de estupro era uma armação política e levaram as meninas para um local onde elas deveriam gravar essas declarações.

Durante todo o momento da conversa, os homens pediam para as meninas pensarem na sua mãe que estava em Manaus, na época, e que era muito “fácil acabar com a vida dela”. E após a conversa, as duas meninas foram encaminhadas a uma casa e colocadas em um quarto, onde havia câmeras, tripés além de várias pessoas gravando a declaração que os dois homens pediram para elas fizessem durante o percurso.

Antes de pedirem para elas iniciarem a gravação, os dois homens orientaram as crianças a falarem de forma “tranquila e clara” e com isso estariam “fazendo um bem à mãe delas”.  A gravação das meninas, na época, chegou a circular todo o município de Maués e mesmo assim as crianças e família continuaram sendo perseguidas, sendo obrigadas a mudarem de cidade e passaram a morar em Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus).

Mesmo em outro município, a família das duas crianças continuou a ser perseguida pelos assessores de Sidney Leite, segundo o depoimento das vítimas. Foi então, que a família decidiu morar em Manaus. A vítima, que hoje tem 24 anos, disse que sua vida nunca mais foi a mesma após o estupro e que até hoje faz tratamento psicológico.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa do deputado Sidney Leite, mas não obteve retorno.

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