Publicidade

Seja bem-vindo
Manaus,20/05/2025

  • A +
  • A -

Procurador rebate suspeitas e critica anulação do concurso da Câmara de Manaus

Ele disse que anulação do concurso da Câmara foi “injusta e politicamente motivada”.

Mario Adolfo
Procurador rebate suspeitas e critica anulação do concurso da Câmara de Manaus Reprodução/Internet
Publicidade

O procurador Silvio da Costa Bringel se manifestou publicamente, nesta segunda-feira, 20/05, sobre as suspeitas de favorecimento envolvendo familiares seus no concurso da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Em entrevista ao programa Meio-Dia com Jefferson Coronel, ele negou qualquer interferência no certame e criticou a anulação do processo seletivo, que classificou como “injusta e politicamente motivada”.

Logo no início da entrevista, Silvio da Costa esclareceu que falava em nome pessoal e não como representante institucional da Procuradoria da Câmara. Ele afirmou que não teve qualquer responsabilidade na condução do concurso e que sua presença se devia à “exposição injusta” de seu nome e de seus familiares.

O procurador explicou que sua filha e seu genro — alvos de acusações — não estavam entre os aprovados dentro do número de vagas. “Minha filha ficou em 2º lugar para médica, mas só havia uma vaga. Meu genro ficou em 3º para procurador, sendo que a terceira vaga era destinada a PCD. Ou seja, ele está, na prática, em 4º. Nenhum deles seria nomeado de imediato”, argumentou.

Silvio também criticou a condução interna do caso na Câmara. Segundo ele, o relatório final de uma sindicância, concluída há mais de 40 dias, atestou que não houve qualquer indício de fraude ou favorecimento. No entanto, o documento permanece parado na Diretoria Geral da Casa, sem encaminhamento ao presidente.

“O presidente poderia tomar qualquer decisão, menos anular o concurso”, disse. “Foi uma medida extrema, sem fundamento e que prejudica milhares de pessoas", completou.

O procurador também rechaçou a acusação de que teria atuado a favor do concurso junto ao Ministério Público. Segundo ele, sua participação limitou-se a uma audiência sobre a desproporção entre cargos comissionados e efetivos na estrutura da Câmara. Ele apresentou o termo da audiência como prova.

“Dizer que fui lá tratar do concurso é mentira”, afirmou.

Silvio ainda apontou motivações políticas por trás da anulação do certame. Em sua avaliação, a medida teria sido usada como manobra diante da troca de comando da presidência da Casa. Ele também criticou a tentativa do atual presidente de dividir a responsabilidade com os demais vereadores.

Cortina de fumaça

“Essa matéria nem é tratada em plenário. A competência legal é do presidente da Câmara. Quando ele leva vereadores ao MP e fala em decisão coletiva, é cortina de fumaça”, acusou.

Ao fim da entrevista, ele elogiou a atuação da Defensoria Pública, que passou a acompanhar o caso, e parabenizou o defensor Carlos Almeida pela postura firme. “A Defensoria está do lado certo da história”, declarou.

O apresentador Jefferson Coronel afirmou que pretende ouvir, nos próximos dias, representantes da presidência da Câmara, do Ministério Público e da Defensoria para garantir espaço a todos os lados envolvidos.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.