Publicidade

O núcleo de apostadores ligados ao irmão do atacante Bruno Henrique, acusado pela Polícia Federal (PF) de envolvimento em um esquema para lucrar com um cartão amarelo do jogador do Flamengo, teve retorno de quase 200% nas apostas. Os valores farão parte de um parecer complementar que está sendo elaborado pelos investigadores.

Dados da PF mostram que o grupo, exceto a família do atleta, quase triplicou o valor investido ao apostar que Bruno Henrique receberia cartão amarelo na partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. Foram identificadas apostas que somaram R$ 6.448 em diferentes plataformas, todas prevendo a advertência ao jogador. Os seis apostadores investigados são amigos ou conhecidos de Wander Nunes Pinto Júnior, irmão do jogador, o que reforça a suspeita de informação privilegiada.

Outro ponto que sustenta a tese dos investigadores é uma ligação de Bruno Henrique ao irmão na véspera da partida, em que teria informado sobre o plano. As apurações indicam que o esquema vinha sendo articulado há meses.

Apesar de o valor total ter sido dividido entre os apostadores, o maior lance individual foi de R$ 634, com odd de 3, o que triplicaria o valor apostado. Embora todas as apostas tenham sido reconhecidas como vencedoras pelas plataformas, algumas casas de apostas bloquearam o pagamento após identificar indícios de fraude.

O retorno total obtido foi de R$ 19.309, com lucro líquido de R$ 12.861 — quase três vezes o montante investido.