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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (14) que manterá sua defesa para concorrer à Presidência da República em 2026 “até o último segundo”. Durante entrevista ao Canal UOL, Bolsonaro rejeitou a ideia de que esteja apenas seguindo uma estratégia política semelhante à de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputou a eleição de 2018 mesmo condenado em segunda instância na Lava Jato — sentenças que foram anuladas em 2021.

Bolsonaro ressaltou as diferenças entre os casos. Segundo ele, enquanto Lula foi condenado em processos criminais, sua inelegibilidade decorre de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o puniu por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores em julho de 2022, quando atacou o sistema eleitoral sem apresentar provas.

— Não é uma estratégia política, eu vou até o último segundo — afirmou.

Mais tarde, Bolsonaro reforçou sua intenção de disputar a eleição de 2026 e voltou a questionar as decisões que o tornaram inelegível.

— É justa minha inelegibilidade por me reunir com embaixadores? É justa outra inelegibilidade porque após o 7 de setembro (de 2022) tinha quase 1 milhão de pessoas na Esplanada e eu conversar com as pessoas? Eu não gastei um centavo para convocá-los para lá. Não é justo isso aí. Eu costumo até dizer que eleições no ano que vem sem meu nome na chapa é uma negação da democracia — declarou.

Bolsonaro também comparou sua situação no TSE com a da chapa Dilma-Temer, em 2014. Para ele, seu caso é tratado com rigor desproporcional:

— Eu seria condenado até por jogar papel no chão — ironizou.