Polícia Civil ouve integrantes do ‘Bonde dos Mauricinhos’ sobre atos criminosos
O grupo está sendo investigado após a divulgação de vídeos nas redes sociais que mostram atos como disparos de arma de fogo, incêndios em espaços públicos, depredação de prédios comerciais, direção perigosa e agressões a pessoas em situação de rua.
Nesta quarta-feira (27), integrantes do ‘Bonde dos Mauricinhos’ prestam depoimento sobre crimes em Manaus. Pedro Henrique Baima e Enrick Benigno Lima, ambos de 20 anos, foram ouvidos no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Praça 14, zona sul de Manaus, para prestar esclarecimentos sobre uma série de crimes atribuídos ao grupo conhecido como “Bonde dos Mauricinhos”.
O grupo está sendo investigado após a divulgação de vídeos nas redes sociais que mostram atos como disparos de arma de fogo, incêndios em espaços públicos, depredação de prédios comerciais, direção perigosa e agressões a pessoas em situação de rua.
Confissões e investigações
Segundo o delegado titular do 1º DIP, Cícero Túlio, Pedro Henrique e Enrick confirmaram participação nos atos, embora tenham apresentado versões divergentes em seus depoimentos. Pedro foi identificado em imagens disparando uma arma enquanto dirigia em alta velocidade. Após os depoimentos, os dois deixaram a delegacia acompanhados de advogados, sem falar com a imprensa.
“Eles admitiram envolvimento nos crimes, mas divergiram em alguns detalhes. Ainda ouviremos outro suspeito, Marcos Vinícius, para concluir o inquérito até a primeira quinzena de dezembro e encaminhar à Justiça”, afirmou o delegado.
Os membros do “Bonde dos Mauricinhos” são investigados por sete crimes, incluindo explosão qualificada, incêndio qualificado, associação criminosa, porte e posse de arma de fogo e corrupção de menores. Outras possíveis infrações também estão sob análise.
Medidas cautelares e ações policiais
Em 29 de outubro, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) revogou os mandados de prisão temporária contra Pedro Henrique, Enrick e Marcos Vinícius Mota da Silva, de 18 anos. A decisão, assinada pelo juiz Rivaldo Matos Norões Filho, impôs medidas cautelares, considerando colaboração dos investigados e falta de urgência na prisão.
Anteriormente, em 21 de outubro, a Operação “Sangue Azul” realizou buscas nas residências dos suspeitos, mas nenhum deles foi localizado.
As investigações continuam sob a responsabilidade da Polícia Civil do Amazonas, que trabalha para esclarecer todos os crimes relacionados ao grupo.
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