A Polícia Federal (PF) pretende indiciar em meados do mês de novembro o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e alguns de seus ex-ministros, segundo apuração do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. A determinação estaria para acontecer no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Entre os ex-ministros que também serão indiciados de acordo com o colunista estão os ex-ministros e generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto; o ex-comandante da Marinha e almirante Almir Garnier Santos; o ex-ministro Anderson Torres; e o ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira.
A PF teria encontrado mensagens que supostamente ligariam Bolsonaro à minuta encontrada na casa de Anderson Torres, com decreto de Estado de Sítio e Operação de Garantia da Lei e da Ordem, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Tanto Bolsonaro quanto os demais que estariam na mira da PF negam ter participado de planos golpistas. Ao comentar o caso, o ex-presidente afirmou que nunca tomou qualquer tipo de providência para decretar estado de Sítio no país, e atribui o caso à uma narrativa criada pela “PF criativa do [ministro] Alexandre de [Moraes]”, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“É mais uma da PF criativa do Alexandre [de Moraes]. Não existe decreto de Estado de sítio. O presidente que quiser decretar Estado de sítio deve enviar uma exposição de motivos pro Congresso, ouvir o Conselho da República e o Conselho da Defesa. Cadê a exposição de motivos? Não tem, porque nunca tomei nenhuma medida concreta sobre isso”, declarou ele, em telefonema com Gadelha.
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