Nos últimos dias, é só ligar a televisão, que lá vem propaganda do Governo de Melo, bem no horário nobre das emissoras de televisão, onde um minuto não custa menos que R$ 15 mil – se quiser o Radar conseguiu as tabelas de preços, tá?. As inserções, uma atrás da outra, tomam conta dos intervalos do Jornal Nacional, onde o governador já esteve por diversas vezes, com uma publicidade das mais negativas, e ainda do horário da novela e, principalmente, do Big Brother, um reality show onde o pessoal vive numa choradeira de dar dó – igualzinho o povo com esse governo, né mesmo gente?
Melo pagou, através de sua Secretaria de Comunicação (Secom), no primeiro mês do ano, mais de 2,4 milhões que estava devendo às empresas de publicidade e propaganda – o que se denomina de “pago exercício anterior”. (ver quadro de despesas no final da matéria publicado no Site Transparência) . Três empresas ratearam esse valor: Tape Publicidade (R$ 1,1 milhão), Mene e Portella Publicidade Ltda (R$ 784 mil) e kintaw Design e Publicidade (R$ 529 mil).
Isso mostra que o chororô de crise e a ladainha do corte nos gastos públicos vai ficar apenas para setores como saúde e segurança pública, sem falar dos servidores públicos que não têm mais direito nem de comer – ticket alimentação continua suspenso – mas não vai ter crise para o governador tentar recuperar sua popularidade que está mais em baixa que casa de minhoca.
E o foco da propaganda governamental está centrado, nesse momento, nos investimentos que o governador diz estar fazendo, através do Banco do Povo (o mesmo que Afeam), nas pequenas empresas locais, num bombardeio publicitário que mais parece lavagem cerebral, contando como aquela certeza que têm certos políticos de que o povo tem memória curta e já nem lembra mais dos R$ 20 milhões do Banco do Povo (do Amazonas) que foram parar em uma empresa do Rio de Janeiro, envolvida em escândalo de propina.
*por Any Margareth
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