No dia 3 deste mês o Governador do Amazonas, José Melo (Pros), durante coletiva sobre a crise nos presídios do Estado, afirmou que iria entrar pessoalmente nos presídios onde ocorreram rebeliões, fugas e mortes. “Vou entrar pessoalmente com a PM nas penitenciárias”, afirmou ele aos jornalistas.
25 dias já se passaram e até hoje o governador sequer pisou em qualquer presídio da capital e muito menos do interior. Além disso, fechou os olhos para o problema e não tomou medidas para conter o avanço da facção criminosa Família do Norte, que neste sábado (28) teve oito ônibus que transportavam cerca de mil torcedores do time de futebol “Jamaica Compensão”, supostamente financiado pela facção, apreendidos.
De acordo com a Polícia Militar, os motoristas não possuíam Carteira Nacional de Habilitação (CNH), as documentações dos veículos estavam vencidas e foi ultrapassado o limite de transporte de passageiros estabelecido em lei.
Ao descer dos ônibus, os passageiros, que iriam torcer pelo time na Arena da Amazônia, foram largando diversas facas, terçados e fogos de artifícios.
População revoltada
O que mais revolta a população do Amazonas é o número de presos mortos e foragidos durante as rebeliões divulgados pelo Governo do Amazonas. De acordo com a cúpula de segurança do Estado, o número de presos que fugiu do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e Instituo Penal Antônio Trindade (Ipat) no dia 1º de janeiro é de 225 detentos. Já o número de mortos durante as rebeliões é de 60, sendo 56 mortos no Compaj e 4 na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).
Porém, de acordo com familiares de presos e agentes do sistema carcerário, há poucos presos no Compaj, o que levanta a hipótese de que o número de mortos e foragidos divulgados pelo Governo pode ser bem maior.
Ao Portal Holofote, um agente carcerário que preferiu não se identificar, disse que no dia da rebelião muitos presos que tentaram fugir foram mortos e tiveram os corpos jogados na mata que cerca o presídio.
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