Preso desde o dia 20 de janeiro após ser acusado de estupro, Daniel Alves também vive problemas financeiros. O jogador teria tido as propriedades na Espanha confiscadas pelo Tesouro por dívidas milionárias. Segundo o jornal espanhol El Confidencial, a dívida chegaria a mais de 2,25 milhões de euros — cerca de R$ 12,5 milhões, conforme a cotação atual.
Ainda de acordo com a publicação, Daniel chegou a abrir seis empresas em Barcelona, mas quatro delas foram fechadas entre os anos de 2019 e 2021. As duas únicas que estão abertas são Cedro Esport e Bahía Ilheus Inmobiliaria.
O El Confidencial publicou ainda que em abril de 2022, o Tesouro penhorou os 50% do patrimônio de Daniel ‘em reclamação de 2.088.979,57 euros de capital e 170.091,65 euros de juros’. No total, o ex-jogador do Barcelona deveria ao Tesouro espanhol 2.259.071,22 de euros.
Segundo informações do jornal espanhol, o atleta também teria um apartamento, em Sant Feliu Llobregat, penhorado devido a uma dívida no financiamento de 2010, que foi parcelado em 20 anos. A agência tributária espanhola, de acordo com El Confidencial, teria emitido um despacho proibindo a alienação do apartamento ‘para garantir a cobrança da dívida’.
Por conta da prisão, Dani Alves perdeu as parcerias comerciais com algumas marcas. A Adidas, por exemplo, não renovou o contrato, que vencia em janeiro deste ano. Já as empresas Hygia Saúde, Ethija e 1xPartner suspenderam os respectivos contratos.
Além disso, a direção do Pumas, clube mexicano em que o atleta estava jogando, não só rescindiu seu contrato por justa causa, mas também decidiu exigir de Daniel Alves cerca de R$ 25 milhões, por ter tido sua imagem exposta, afetada pela situação em que o brasileiro, seu contratado, se envolveu.
Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, sem direito a fiança. O atleta de 39 anos está recluso no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona, e nega todas as acusações. A defesa entrou com recurso contra a prisão preventiva do ex-jogador do Barcelona. Em um documento de 24 páginas, a defesa alega que não há risco de fuga e pede que o atleta responda em liberdade. Foi sugerida a entrega do passaporte e até mesmo o uso de ‘pulseira telemática’, similar a uma tornozeleira eletrônica.
Os advogados do lateral apelaram para as raízes familiares, econômicas e empresariais na Espanha para tentar garantir que ele responda ao processo em liberdade. A situação financeira de Daniel, porém, não estaria favorável.
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