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Drama de moradora da Manaus dos anos 1980 será retratado no filme ‘A noiva de Itamaracá’

25/01/2017 às 12h27
Por: Portal Holofote Fonte: Em Tempo
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O fascínio pela década de 1980 foi um dos estímulos para que o ator de teatro e cinema Arnaldo Barreto investisse no filme independente “A noiva da Itamaracá”, produção que ele espera lançar, ainda no primeiro semestre deste ano – e estender a sua divulgação além do Amazonas, em festivais nacionais e internacionais. O longa já foi rodado e, no próximo mês, começa a etapa de montagem e edição. “Neste momento, partiremos para a captação de recursos para a finalização do filme”, diz Arnaldo.
O drama se passa nos anos 1980 e é ambientado na região central de Manaus, conhecida como Itamaracá, localizada próximo ao porto flutuante. “É uma região que servia como esconderijo de toda e qualquer forma de prostituição na capital amazonense e que ainda resiste aos dias de hoje”, observa Arnaldo.
O diretor lembra que a ideia para o filme partiu de uma análise da decadência que a cidade sofreu a partir do declínio do projeto Zona Franca. “Decadência essa que também aprisionou milhares de famílias nos beiradões da cidade, em palafitas às margens do rio Negro. Ana, a personagem principal de ‘A noiva da Itamaracá’, vive com a avó e a tia em um desses precipícios. O filme mostra a relação das personagens com o local e seus meios de sobrevivência, e retrata a decadência dessa personagem, que acompanha ainda a decadência da cidade e da instituição ‘família’”.
Ana é interpretada pela atriz Keylla Gomes e, de certa forma, a personagem representa a década da decadência social e familiar em Manaus. “Ana é representada como cidadã, ao invés de ser caracterizada pelo estereótipo associado às prostitutas com batons borrados e bolsa em mãos”, esclarece Arnaldo. “A personagem é humana e, nesse contexto, possui sonhos verdadeiros como toda e qualquer menina da sua idade, que se viu obrigada a traçar um destino inevitável nas ruas do Centro da cidade, na Itamaracá”.
Ainda sobre a protagonista, Arnaldo adianta que ela encontra nas ruas decadentes o caminho para a sua realização pessoal: o casamento. “Mesmo que seja necessário enfrentar o perigo dessas ruas”, destaca. “O roteiro foi dividido em três tempos, remontando a sua trajetória de criança, ainda nos anos 1970, até a velhice, potencializando a reflexão sobre seu destino”.
Recursos
“A noiva da Itamaracá” foi rodado sem recursos oriundos de prêmios de apoio à produção ou patrocínio. Arnaldo afirma que a captação de recursos para a montagem e edição do longa é importante para que o filme seja executado da forma como foi idealizado.
Além de Keylla Gomes, o elenco principal é formado por atores amazonenses, a maioria do teatro, entre eles Wagner Melo, Ednelza Sahdo, Acácia Mié, Koya Refskalesky, Geraldo Langbeck, Fred Lima, Socorro Andrade, Beth Ghimel, Tony Ferreira, Luiz Vitalli, Wallace Abreu (responsável também pelos figurinos) e Hely Pinto (que divide, ainda, a direção de arte com Rosa Malagueta). Arnaldo Barreto assina a produção com Aline Medeiros e, na direção de fotografia, estão César Nogueira e Thamme Athayde.

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