Publicidade

Guedes poderia ter negociado vacinas, mas afirmou 'não ser o responsável'

Ministro chegou a se reunir com representastes da Pfizer e da AstraZeneca. As informações foram enviadas à CPI da Covid, que investiga as ações ou omissões do governo durante a pandemia

17/05/2021 às 11h57
Por: Fernanda Souza Fonte: O Dia
Compartilhe:
Reprodução
Reprodução

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu com representantes dos laboratórios que produzem as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca. Os encontros aconteceram ainda em junho de 2020, mas o ministro se absteve da negociação dos imunizantes, alegando que eram responsabilidade do ministério da Saúde.

As informações foram enviadas à CPI da Covid, que questiona a morosidade do governo para adquirir as doses da vacina.

A primeira foi em 16 de junho com Fraser Hall, então presidente da AstraZeneca para o Brasil. O representante da economia foi, Carlos Alexandre da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade. Ele respondeu afirmou que "o Ministério reforçou [à AstraZeneca] que a competência para aquisição de vacinas era do Ministério da Saúde”.

Em 7 de agosto foi a vez da Pfizer ser recusada. Carlos Murillo, gerente-geral da empresa no Brasil, e outros funcionários estiveram presentes. Sobre o encontro, a paste de Guedes disse à CPI: “A empresa foi informada na reunião que não cabe ao Ministério da Economia decidir sobre a compra de determinada vacina, pois se trata de uma decisão de saúde pública”, afirma a Economia no documento enviado.

Na época, a Casa Civil pediu para a equipe de Guedes redigir uma nota, afirmando que a compra no momento seria arriscada, devido à falta de informações sobre os imunizantes.

“Até o momento, não foi descoberta a vacina para o coronavírus. Isso faz com que a encomenda de uma vacina seja altamente incerta, tanto em termos de prazos quanto de especificações da solução. Pois simplesmente não se sabe, com um nível minimo de certeza, se e possível desenvolve-la e muito menos os exatos custos para tanto”, afirma o texto de 19 de junho enviado pela Economia à Casa Civil.

Em julho, a Pfizer já havia firmado acordo com Reino Unido, Japão e Estados Unidos. Em agosto com o Canadá e em setembro com a União Europeia. A carta ao presidente Bolsonaro foi enviada 12 de setembro, mas segue sem resposta.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
°

Mín. ° Máx. °

° Sensação
km/h Vento
% Umidade
% (mm) Chance de chuva
20h00 Nascer do sol
20h00 Pôr do sol
Sáb ° °
Dom ° °
Seg ° °
Ter ° °
Qua ° °
Atualizado às 20h00
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,20 +0,00%
Euro
R$ 5,55 0,00%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,55%
Bitcoin
R$ 352,359,83 -0,77%
Ibovespa
125,124,30 pts 0.75%
Publicidade