A Polícia Civil concluiu, nesta segunda-feira (3), o inquérito que apura a morte do menino Henry, de 4 anos. A mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, Dr. Jairinho, foram indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado e tortura. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público do Rio ainda nesta segunda-feira. A decisão sai no dia em que o menino Henry Borel completaria cinco anos.
No relatório, concluído pelo delegado responsável pelo caso, Henrique Damasceno, o titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Dr. Jairinho responderá por dois crimes de tortura e Monique por um. O delegado também solicitou o pedido de prisão preventiva do casal, que está preso em situação temporária.
Com o inquérito finalizado, a mãe de Henry perde a chance de ser ouvida pela segunda vez, como havia sido solicitado pela defesa dela. Os advogados Thiago Minagé, Hugo Novaes e Thaise Mattar insistiram durante dias para que Monique pudesse dar uma nova versão dos fatos. Em uma tentativa de chamar a atenção das autoridades, Monique chegou a escrever uma carta de 29 páginas relatando uma nova versão dos fatos.
Na ocasião, a defesa de Leniel Borel, pai de Henry, desqualificou a carta escrita pela mãe. O advogado do pai do menino Henry Borel, Leonardo Barreto, disse que carta escrita por Monique Medeiros é composta por vários pontos mentirosos e que o conteúdo não traz nenhum fato novo ao inquérito, apenas uma tentativa da defesa de Monique de conseguir um novo depoimento. De acordo com a defesa de Leniel Borel, a mãe do menino estaria "pegando carona" no depoimento das ex-namoradas de Dr. Jairinho.
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