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'Se não fosse a pandemia, estaríamos voando', diz Bolsonaro

Em evento de assinatura de projetos, presidente voltou a criticar restrições contra a Covid-19, exaltou Guedes e afirmou que o Brasil começará a produzir vacinas

22/03/2021 às 17h22
Por: Fernanda Souza Fonte: O Dia
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Reprodução
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Em coletiva de assinatura da lei que regulamenta o Fundeb, na tarde desta segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cravou que a economia do Brasil estaria em alta se não fosse a pandemia. Bolsonaro exaltou o trabalho do ministro Paulo Guedes e usou exemplos de países europeus que apresentaram quedas maiores no Produto Interno Bruto (PIB).

O presidente justificou o aumento na geração de emprego em janeiro de 2021, a arrecadação pública em fevereiro e o pagamento do auxílio emergencial para elogiar a situação econômica do país.

“Nosso PIB encolheu. Menos que nós, apenas Estados Unidos, China e Coreia do Sul. O resto todos os países encolheram mais do que nós, entre eles, Inglaterra, França, Itália”, disse.

A economia vai indo mal, apesar da pandemia, se não fosse a pandemia estaríamos voando. O Brasil tem feito a sua parte, tendo à frente o ministro Paulo Guedes”, ressaltou.

Bolsonaro voltou a atacar as medidas de restrição e usou uma frase tirada de contexto de um diretor da Organização Mundial da Saúde para reafirmar ser contra o lockdown. De acordo com Bolsonaro, ainda não há convencimento de que as restrições são positivas para conter a propagação da Covid-19.

A afirmação acontece após o presidente entrar com processo no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir as restrições de circulação impostas pelo Distrito Federal e os estados do Rio Grande do Sul e Bahia. A ação será relatada pelo ministro Marco Aurélio Mello.

“Então vou seguir a ciência. Declarou aqui David Navarro, emissário da OMS: ‘E, portanto, realmente apelamos a todos líderes mundiais, parem de usar lockdown como método de controle primário. Desenvolva sistema melhores para fazê-lo, trabalhe em conjunto e aprenda uns com os outros. Mas lembre-se, o lockdown tem apenas uma consequência que você nunca deve diminuir. Isso está tornando as pessoas pobres em muito mais pobres’”, afirmou.

A frase usada pelo presidente no pronunciamento foi compartilhada por redes bolsonaristas nos últimos meses, mas foi tirada de contexto. Antes da fala, Nabarro afirmou que o lockdown é viável para reorganizar o sistema de saúde dos países.

“Um ponto realmente importante (…). Eu gostaria de afirmar novamente: nós, da Organização Mundial de Saúde, não defendemos o lockdown como o primeiro meio de controle do vírus. O único momento em que nós acreditamos que o lockdown é justificado é para ganhar tempo para reorganizar, reagrupar e rebalancear seus recursos; proteger seus profissionais de saúde que estão exaustos. Mas, em geral, nós preferimos não fazer isto”, disse.

No entanto, a Organização Mundial da Saúde se posicionou contrária ao argumento usado pelo emissário e ressaltou a importância de medidas de restrição para conter a doença.

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