O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, voltou a negar ontem que tenha sido omisso em relação à falta de oxigênio para pacientes com o coronavírus (covid-19) no estado do Amazonas.
Dessa forma, a Polícia Federal investiga Pazuello, a quem o ministro afirmou que a pasta foi “ativa” e que a “apreensão” sobre o crescimento exponencial de casos no estado aumentou ainda no final de dezembro.
No entanto, Pazuello disse ainda que, no dia 6 de janeiro, a força-tarefa montada para avaliar a situação no estado do norte retornou a Brasília e ainda não havia informação alguma sobre falta de oxigênio.
Por isso, na última semana, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar possível omissão de Pazuello na falta de em Manaus.
O pedido partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirma que o ministério já sabia do problema dias antes do início do colapso.
Nesse sentido, a White Martins, empresa que atua na fabricação de diversos tipos de gás, informou à pasta sobre escassez de cilindros.
Por outro lado, Pazuello diz que o ministério não foi informado da falta de oxigênio pela White Martins, contrariando o que alega a PGR.
Segundo ministro a White Martins nunca avisou a ele diretamente sobre o colapso no Amazonas.
“O ministério da Saúde nunca foi oficiado sobre falta de oxigênio por White Martins. Isso é uma informação errada. A White Martins informou ao estado e essa informação nem teria por que vir pro ministério, o ministério da Saúde não tem competência sobre a infraestrutura de oxigênio”, explicou Pazuello.
“Nós tomamos conhecimento sobre a falta de oxigênio a partir do dia 8, quando o estado nos trouxe. Foi oficiado pela White Martins no próprio dia 8, ao estado, não ao ministério”, acrescentou.
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