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Em meio à crise, ALE deixa de votar fim do recesso para debater saúde e impeachment

Na sessão extraordinária não remunerada, o governador foi alvo de duras críticas, a quem foi cobrado um pedido de renúncia e até a prisão

19/01/2021 às 22h06
Por: Portal Holofote Fonte: D24AM
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Reprodução/Internet
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Por falta de quórum, deputados da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) deixaram de apreciar, nesta terça-feira (19), a proposta do deputado Fausto Junior (MDB) de suspender o recesso parlamentar de 30 dias. O objetivo do retorno regular das sessões é discutir a crise na saúde agravada pela falta de oxigênio, a convocação dos gestores da saúde a até apreciação de pedido de impeachment do governador Wilson Lima. Na sessão extraordinária não remunerada, o governador foi alvo de duras críticas, a quem foi cobrado um pedido de renúncia e até a prisão.

De acordo com Josué Neto (Patriota), para validar a proposta de fim do recesso seria necessária a participação de 13 deputados, mas somente dez se fizeram presentes – sendo sete de forma online e três presencialmente. Não foi concedido tempo para a formação de quórum mínimo. Com isso, as reuniões extraordinárias devem continuar às terças-feiras, até o fim do recesso parlamentar.

Melhorias na Saúde e o processo de impeachment do governador Wilson Lima devem ser discutidos. Caso entre em pauta o pedido de impeachment, a apreciação do julgamento para afastar o governador exige um número superior a metade dos deputados que compõem a ALE para iniciar a votação.

Crise do Oxigénio

Durante a sessão, o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) criticou o Governo do Amazonas e o culpou pela situação da Saúde. O parlamentar exigiu a convocação da cúpula da Secretaria de Estado de Saúde (SES0-AM) para explicar as ações que o governo tem tomado para superar a crise. “Precisamos trazer o secretário do interior, o secretário da capital, perguntar como é que estão funcionando as ações da saúde, o planejamento, o oxigênio, vacinas, falta de produtos para a saúde…”, destacou.

“O momento que passa o Amazonas é o mais trágico da sua história. (…) Wilson Lima, um irresponsável, um inconsequente, um despreparado, que está, infelizmente, expondo seu povo a mortes hediondas. Morrer por falta de oxigênio, na minha opinião, é uma das maiores maldades que você pode punir o ser humano”, declarou.

Prisão

O deputado Dermisson Chagas (Podemos) lembrou as operações da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República (PGR) contra os desvios na Saúde, também investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da ALE. O parlamentar responsabilizou o governador pelas mortes por falta de oxigênio e atribui o colapso pela permanência dele no cargo.

“Estamos denunciando esse genocida há mais de dois anos. O fruto dessa consequência é a não prisão de Wilson Lima lá atrás. A Polícia Federal pediu, o Ministério Público pediu. Hoje, pagamos o pato pela omissão. Hoje temos a pandemia na crista da onda e no olho no furacão”, disse.

Pedido de renúncia

O deputado Delegado Péricles (PSL) também se manifestou e lembrou que o Governo do Amazonas chegou a declarar que estava ‘preparado para receber os doentes’. A compra superfaturada de respiradores inadequados por uma loja de vinhos também foi citada pelo parlamentar.

“Ele exterminou pessoas, matou muitos irmãos amazonenses e não tem o mínimo de competência. (…) Governador, você demonstrou que não tem espírito público. Perdeu as condições mínimas para permanecer no poder. Evite o desgaste do impeachment. (…) Só quem lhe apoia é quem tem interesse próprio. O povo não lhe aguenta mais, então renuncie”, pediu Pericles.

Massacre

Já a deputada Mayara Pinheiro (PP) disse que havia um planejamento para a construção de usinas de oxigênio, mas o projeto foi engavetado. Membro da Comissão de Saúde, a parlamentar também pediu melhorias para os profissionais que estão na linha de frente no combate à Covid-19.

“Creio que a gente presenciou o maior massacre por asfixia já visto nesse País. Isso é muito grave. (…) Os profissionais de saúde tentaram, minuto a minuto, evitar cada morte. Existem alguns interiores do Estado que nem ambu (respirador manual) tem. Nossos profissionais (…) horaram a missão de lutar pela vida”, disse a parlamentar.

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