A área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, na reunião que está sendo realizada neste domingo (17), a aprovação do uso emergencial da Coronavac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
"A nossa recomendação como área técnica é que, tendo em vista o cenário da pandemia, o aumento do número de casos, a ausência de alternativas terapêutica, a situação que estamos vivendo, que é de muita preocupação, de muita tensão por conta dos insumos necessários para o enfrentamento da doença, é de aprovação do uso emergencial da Coronavac, condicionada a esse monitoramento e ao acompanhamento muito próximo das incertezas", afirmou o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.
Entre as incertezas apontadas pela Anvisa em relação à vacina, está o fato de a eficácia e a segurança do imunizante serem desconhecidas a longo prazo e de os dados apresentados não permitirem estabelecer uma conclusão de eficácia contra as formas moderadas e graves da doença. A área técnica ponderou também que a quantidade de idosos presentes no estudo foi pequena.
Mendes disse também que os técnicos da Anvisa sugerem também uma reavaliação periódica. "Se nós não olharmos com muito cuidado e de maneira muito próxima como vai ser o desempenho dessa vacina ao longo do tempo, temos o risco de não conhecermos a eficácia real", declarou.
A decisão final sobre o pedido do uso emergencial da vacina será dada por cinco diretores da Anvisa. A Coronavac tem eficácia arredondada de 50,4%.
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