Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) carregados com cilindros de oxigênio chegaram a Manaus no início da madrugada desta sexta-feira (15/1). Eles foram enviados de Guarulhos (SP) para ajudar na crise de saúde que assola o Amazonas.
O sistema de saúde do estado vive uma situação de colapso com o recrudescimento dos casos de infectados pelo novo coronavírus e a alta de mortes em decorrência da doença. Depois que as internações por Covid-19 baterem recorde na unidade federativa, os hospitais, sobrecarregados, ficaram sem oxigênio para pacientes.
Doentes começaram a ser levados para outros estados. Lotados, os cemitérios instalaram câmaras frigoríficas. O governador Wilson Lima (PSC) decretou toque de recolher por 10 dias. Ninguém pode sair de casa entre 19h e 6h. A medida é uma tentativa de conter a propagação do vírus.
Segundo a FAB, os dois aviões Hércules carregaram mais de 18 toneladas de cilindros de oxigênio líquido, totalizando 386 cilindros. As aeronaves decolaram do Aeroporto Internacional de Guarulhos na noite de quinta-feira (14/1) e pousaram em Manaus durante a madrugada desta sexta.
Os equipamentos serão utilizados pelos hospitais no reforço ao atendimento aos pacientes da Covid-19 no estado.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na quinta-feira (14/1) que o governo federal está trabalhando para entregar mais oxigênio a Manaus.
“Há uma realidade de diminuição na oferta de oxigênio. Estamos trabalhando para entregar mais oxigênio [no estado] e atender [as pessoas internadas] em UTI”, prosseguiu.
Durante transmissão ao vivo por uma rede social, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Pazuello admitiu que há um “colapso” no sistema de saúde de Manaus.
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