O vídeo Climate Wars, lançado nas redes sociais nesta quarta-feira (13/1), em formato de paródia dos noticiários cinematográficos produzidos durante a Segunda Guerra Mundial, apresenta o presidente Jair Bolsonaro como um inimigo climático, que precisa ser parado e responsabilizado por seus crimes, antes que as consequências sejam graves demais para todo o planeta.
A produção questiona se governos e empresas estão agindo para defender ou para destruir a Amazônia, ao massacrar os povos nativos que habitam o bioma há séculos. Além disso, mostra quais setores produtivos estão contaminados pelas atividades ilegais que desmatam, queimam, contaminam rios e matam indígenas.
O formato escolhido, que remete à Segunda Guerra Mundial, visa explicitar que não se trata de crítica a um país, mas a um governante. O vídeo Climate Wars atribui os crimes que estão sendo cometidos na Amazônia a Bolsonaro, não ao Brasil. Ou seja, o ponto central do vídeo é a responsabilização do presidente brasileiro pelo ataque ao clima global, à biodiversidade da floresta e à vida dos povos nativos.
Climate Wars marca também o início de uma nova “agenda de autodefesa” dos povos indígenas. Passada a pandemia, eles darão continuidade aos diálogos diretos com governos e parlamentares europeus e norte-americanos, além de uma aproximação com a China, ainda este ano.
“Queremos que eles apoiem o Brasil, mas da maneira certa, que é nos ajudando a frear a destruição de nossos ecossistemas, recursos naturais e do próprio clima”, declara Sônia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), ao divulgar o vídeo em suas redes sociais.
O vídeo traz versões em inglês, espanhol, francês e alemão. Segundo o Conselho Indigenista Missionário, não são mostrados os créditos dos autores por dois motivos: primeiro, porque o foco deve ser a mensagem do vídeo, não as pessoas responsáveis por ele; e segundo, pela assumida perseguição a ativistas que o governo federal vem promovendo, com o uso de instrumentos de Estado e paraestatais.
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