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Freiras alemãs eram 'cafetinas' para padres, diz vítima de abuso sexual

De acordo com o New York Post, alvo dos crimes, agora com 63 anos, relatou esquema em instituição para órfãos na Alemanha

07/01/2021 às 12h57
Por: Fernanda Souza Fonte: R7
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Reprodução
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Uma criança vítima de estupro acusou freiras em um orfanato católico na Alemanha de aliciar órfãos para padres, políticos e outros homens ricos, segundo reportagem publicada no jornal americano New York Post no final de dezembro.

A vítima, agora com 63 anos, permanece anônima, apesar de ter lutado e vencido uma batalha judicial por indenização pelos horrores que sofreu.

Os abusos teriam começado em março de 1963, quando tinha apenas 5 anos. O homem, que luta contra o transtorno de estresse pós-traumático e a depressão desde então, recebeu um total de 25 mil euros (o equivalente a R$ 133 mil) em tribunais alemães devido a alegações de que ele foi estuprado mais de mil vezes. Ele também afirmou que não era a única vítima.

O caso só foi abordado em público pela primeira vez recetemente, quando o bispo alemão de Speyer, Karl-Heinz Wiesemann, falou sobre o ex-oficial da diocese Rudolf Motzenbäcker, que foi citado como um dos agressores no caso. Motzenbäcker morreu em 1998.

"Freiras eram cafetinas"

O homem detalhou como funcionava o esquema de abusos para a revista alemã Der Spiegel. Ele afirma que, como parte de sua disciplina espiritual, era espacando e "literalmente arrastado" por freiras para a casa de Motzenbäcker, onde era rotineiramente abusado sexualmente.

O ex-coroinha da Catedral de Speyer também diz que foi retirado do orfanato para aparecer em “festas de sexo”, facilitadas por freiras em nome do clérigo e da elite local. “As freiras eram cafetinas”, disse ele em depoimento no tribunal.

“Havia uma sala onde as freiras serviam bebidas e comida aos homens e, no outro canto, as crianças eram estupradas”, citam os autos do tribunal, de acordo com a agência de notícias alemã KNA. “As freiras ganhavam dinheiro. Os homens doavam generosamente”, completou.

Durante o depoimento, a vítima detalhou o sofrimento: “Às vezes, eu voltava correndo para casa com roupas sujas de sangue, o sangue escorria pelas minhas pernas”.

Segundo ele, até deixar o orfanato, em setembro de 1972, teria sido abusado sexualmente cerca de mil vezes. O orfanato em Speyer foi fechado em 2000.

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