Após dizer que o Brasil está quebrado e que não conseguia fazer quase nada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou a apoiadores que uma das explicações para o desemprego no país é que parte dos brasileiros não tem preparação para fazer “quase nada”.
Acompanhado do advogado-geral da União, José Levi Mello, Bolsonaro fazia críticas ao alto número de ações trabalhistas no Brasil. “Vai ser patrão num país desse. O pessoal fala do trabalhador, mas vai ser patrão. É uma desgraça”, disse.
“É um país difícil de trabalhar. Quando fala em desemprego, né, [são] vários motivos. Um é a formação do brasileiro. Uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada. Nós importamos muito serviço”, declarou o presidente.
O desemprego bateu novo recorde durante o período da pandemia do novo coronavírus. Em novembro, 14 milhões procuravam uma vaga no mercado de trabalho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid), divulgada em 23 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O chefe do Executivo também afirmou que “não tem recursos para investir” e voltou a falar sobre a promessa de campanha de atualizar a tabela de Imposto de Renda.
“Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda. O cara me cobra: ‘Compromisso de campanha’. Mas não esperava esta pandemia pela frente. Nos endividamos em aproximadamente R$ 700 bilhões. Complicou mexer nisso aí”, ponderou o presidente, no fim da tarde de terça (5/1).
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