Comerciantes realizaram na noite desta quarta-feira (23), uma manifestação, no centro de Manaus, reivindicando o fechamento do comércio, anunciado pelo governo do Amazonas, no período de 26 de dezembro a 10 de janeiro. O grupo criticou atitude do governador Wilson Lima e gritavam que não iriam fechar.
Nesta quarta, o governo do Estado anunciou um novo decreto com medidas restritivas para tentar combater o avanço da Covid -19, durante as festas de fim de ano. No centro, os participantes destacaram que esse período é que o comércio é aquecido por conta das compras de fim de ano.
Para a vendedora Valdirene Santos, a notícia foi um baque. Ela vende roupas, na área central, para sustentar a casa.
“Eu venho pra rua vender, ajudo minha mãe, que é do grupo de risco, eu me cuido pra não colocar a vida dela em risco. Eu sou a mulher da casa, eu que ajudo minha mãe porque ela não tem mais o pé para andar, ela depende de mim”, explicou a vendedora.
Durante a manifestação, os comerciantes gritavam a todo momento: “Não vamos fechar e Fora Wilson Lima”.
Segundom Mohamed Manasra, que é proprietário de uma loja de roupa, o período de fechamento proposto pelo decreto (26 de dezembro a 10 de janeiro) é um período de faturamento alto para a categoria.
“O nosso repúdio para o governador do Amazonas, por causa do decreto que ele anunciou hoje. Essa estação é alta do comércio, o que a gente espera de um ano pra outro, então ele veio fechar agora, não estamos entendendo porque só agora. Sete dias até o dia primeiro representa quase o faturamento de um mês inteiro”, destacou o empresário.
As novas medidas permitem apenas o funcionamento de servições considerados essenciais. Comércios e serviços não essenciais funcionarão apenas por drive-thru e delivery, até às 21h.
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