Em reunião nesta sexta-feira (11/12) com parlamentares no Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou um balanço sobre a situação fiscal e a execução orçamentária do governo federal no combate à pandemia de Covid-19. Na avaliação do chefe da pasta, o balanço foi positivo mesmo diante dos impactos econômicos provocados pela crise sanitária.
Guedes iniciou a conversa com deputados federais e senadores afirmando que o país terminará o ano “perdendo zero empregos formais”. “O natural seria perdermos emprego nesse período e efetivamente perdemos em dois ou três meses. Mas nós criamos mais empregos novos nos quatro meses seguidos”, explica.
“A Receita federal ligou para 4 milhões de pessoas jurídicas ofertando créditos para evitar demissão. Na hora de demitir o José da Silva, se o empregador ligasse para nós [do Ministério da Economia], nós suplementaríamos o trabalho. Preservamos 11 milhões de CPF (Cadastro de Pessoa Física). O desemprego que era pra vir em 33% ficou em 12%”, completou.
Guedes voltou a dizer que a Economia brasileira cresce em “V”. Para Paulo Guedes, a retomada do desenvolvimento econômico do país é resultado das condutas do que chamou de “boa política” e da “maturidade da classe política brasileira”.
“O que protegeu o brasileiro foi a alocação de recursos que a boa política produziu. A ação política decisiva que salvou os brasileiros. Houve um entendimento de: ‘Vamos gastar mais com a Saúde e não vamos dar aumento para o funcionalismo’. Por que haveria aumento de salários para o funcionalismo?”, disse.
Gasto de R$ 600 bi
Durante a prestação de contas, o ministro afirmou que o país investiu R$ 599,5 bilhões em políticas públicas no enfrentamento da pandemia. Segundo ele, o montante está abaixo do que estava estimado no início, de R$ 615 bilhões. O gasto representa 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda conforme Guedes, o Brasil gastou 12% a mais que os países desenvolvidos e ficou 4% acima dos emergentes.
Do total gasto durante a pandemia pelo governo federal, R$ 321 milhões foram destinados apenas para o pagamento do auxílio-emergencial. Além disso, Guedes afirma que o governo federal destinou mais de R$ 60 bilhões em ajuda descentralizada para entes federativos e R$ 51 bilhões para o combate ao desemprego.
O ministro da Economia disse, ainda, que o governo federal “salvou vidas e empregos”. “Para salvar vidas, gastamos R$ 353,8 bilhões. Para salvar empregos, R$ 140 bilhões. Claro que ninguém pode estar satisfeito em meio a uma pandemia, mas nós temos um senso de responsabilidade, uma certa resiliência e senso de dever cumprido”.
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