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No AM, advogados são investigados por envolvimento com organizações criminosas

04/12/2016 às 15h06
Por: Portal Holofote Fonte: D24am
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Foto: Otmar de Oliveira
Foto: Otmar de Oliveira

Onze advogados foram presos, nos últimos dez meses, no Amazonas, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Amazonas (OAB-AM), suspeitos de ligação com organizações criminosas envolvidas em desvio de verbas públicas e tráfico de drogas, no Estado. No último dia 24, a advogada Priscila Marcolino Coutinho foi denunciada pela Justiça Federal por suspeita de participar do grupo que desviou cerca de R$ 110 milhões dos recursos da saúde do Amazonas.
Das 11 prisões, nove delas foram efetuadas pela Polícia Federal (PF), durante as operações La Muralla e Betume, deflagradas em novembro do ano passado e outubro deste ano, respectivamente. As duas ações visavam combater o tráfico nacional e internacional de drogas. Segundo as investigações da PF, os advogados atuavam na defesa, mas também no aliciamento de pessoas para fornecimento de conta para depositar dinheiro ilícito.
Outro advogado foi preso durante a operação Cauxi, do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Já a advogada Priscila Coutinho foi presa, em setembro, durante a operação Maus Caminhos e denunciada, no último mês. 
De acordo com o presidente da OAB-AM, Marco Aurélio de Lima Choy, todas as prisões geraram a instauração de procedimentos perante o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da entidade e aguardam condenação ou absolvição da Justiça para serem concluídos. “Temos que ter muito cuidado antes de punir disciplinarmente tais advogados, posto que se trataram de prisões de natureza cautelar. No caso da operação La Muralha, por exemplo, a Dra. Janaina Vasconcelos sequer fora denunciada pelo Ministério Público, sendo excluída da Ação Penal, imagine se os mesmos fossem preventivamente punidos pela Ordem?”, ponderou Choy.
Criminalistas estão sendo marginalizados, diz Abracrim
Para o presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), Cândido Honório Neto, as sucessivas prisões de advogados que ocorrem não só em Manaus, mas no restante do País, tem gerado uma criminalização dos profissionais que atuam na área criminal.
Na avaliação dele, maus profissionais existem em todas as profissões, inclusive, na Advocacia. “O que não podemos é deixar que nossa profissão seja banalizada e caia no descrédito. Vamos trabalhar na valorização desse profissional”, disse.
Cândido Honório Neto explicou que a OAB-AM e a Abracim instruem os acadêmicos e profissionais para que atuem de forma exemplar e evitem o envolvimento particular com seus clientes. A entidade realizou encontro, na última semana, em que o tema também foi levado para debate.

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