Em visita à região Amazônica, o vice-presidente da república e presidente do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão (PRTB) se uniu ao governador do Estado do Amazonas, Wilson Lima (PSC), na quinta-feira (5), para uma visita à fazenda Santa Rosa, em Iranduba.
A propriedade, que surgiu como assentamento, é referência por ter se desenvolvido a partir da regularização fundiária, destacando-se na agropecuária e no turismo rural.
Mourão cumpre agenda desde quarta-feira (4), acompanhado de comitiva formada pelos embaixadores da África do Sul, Espanha, Peru, Colômbia, Canadá, Suécia, Alemanha, União Europeia, Reino Unido, França, Portugal e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Além deles, a visita também tem participação dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.
O grupo conheceu os plantios de laranja, tanques de piscicultura, criação de abelhas com e sem ferrão, e acompanharam a retirada de tambaquis de um viveiro. O governador Wilson Lima destacou, durante a visita, que a propriedade, que surgiu de um assentamento, é um modelo que demonstra a importância da regularização fundiária no processo de desenvolvimento sustentável e de preservação do meio ambiente.
“Essa fazenda é exemplo de que é possível a gente encontrar esse caminho do equilíbrio entre preservação e desenvolvimento. Aqui nós temos um exemplo de culturas consorciadas, de plantação de citrus, mamão, pitaia, a criação de animais, a piscicultura. Então a gente espera que, com essa visita, a comitiva possa ter uma visão diferente da Amazônia. Proteger é importante, preservar é importante, mas acima de tudo é necessário que nosso povo tenha condição de produzir para garantir o sustento de suas famílias e disso não abrimos mão”, afirmou Wilson Lima.
O proprietário da fazenda, Edney Ricardo, contou à comitiva os desafios de ser um produtor rural e disse que é possível manter uma produção expressiva respeitando o meio ambiente.
“A fazenda Santa Rosa é resultado de um trabalho em família. Produzimos anualmente mais de 3 milhões de unidades de citrus respeitando as normas ambientais e, mesmo sendo uma propriedade de pequeno porte, conseguimos ter uma produção sustentável”, destacou.
Atividade legal
O vice-presidente da República, reforçou a necessidade da regularização fundiária para garantir o acesso a políticas públicas e para dar condições para uma produção sustentável.
“Com o título da terra, o proprietário tem acesso ao financiamento, à assistência técnica rural e, consequentemente, ele passa a produzir, o que gera emprego e renda, deixando de derrubar a floresta. Então, esse é o ponto focal. O empreendimento da Fazenda Santa Rosa é algo que salta aos olhos e que demonstra muito claramente a pertinência da gente prosseguir com esse processo”, pontuou Mourão.
Para o governador Wilson Lima, ao contrário dos que apontam que a regularização pode aumentar o desmatamento, a medida é essencial para o desenvolvimento sustentável. “Com a regularização fundiária nós passamos a ter controle e passamos a dar mérito para aquele que está dentro da legalidade e impedir que a atividade ilegal continue prevalecendo na Amazônia”, completou.
Compromissos oficiais
A visita, planejada após países europeus levantarem questionamentos sobre a dificuldade de importação de produtos brasileiros por conta dos desmatamentos na região da Amazônia, é uma forma do Governo rebater as críticas. Mourão levou a comissão a áreas desmatadas e outros pontos turísticos na capital amazonense para contornar as críticas .
Nesta sexta-feira (6) a agenda é composta por uma visita ao município de São Gabriel da Cachoeira, onde os embaixadores devem ser levados à Casa de Apoio à Saúde Indígena, da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Também será visitado o pelotão de fronteira em Maturacá e a 2ª Brigada de Infantaria de Selva.
Mín. ° Máx. °