O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que o auxílio emergencial, previsto para acabar no fim deste ano, não será prorrogado. A declaração foi feita nesta segunda-feira (19) a apoiadores no Palácio da Alvorada.
"Eu sei que os R$ 600 é pouco para quem recebe, mas é muito pro Brasil, são R$ 50 bilhões por mês, e tem que ter responsabilidade para usar a caneta Bic. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque realmente esse endividamento é monstruoso, mas o Brasil está saindo da crise, pelo que os números estão mostrando o Brasil está saindo da crise", disse.
O presidente falou sobre o assunto em um momento que o governo tenta encontrar uma forma de financiar o Renda Cidadã, programa assistencial elaborado para substituir o Bolsa Família. A ideia inicial era acabar com programas sociais já existentes, como o seguro defeso e o abono salarial, e usar seus recursos para financiar o Renda Brasil. Entretanto, ela foi abandonada após Bolsonaro dizer que não iria "tirar dos pobres para dar aos paupérrimos".
Em seguida, o governo chegou a anunciar que usaria parte da verba destinada ao pagamento de precatórios e recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para financiar o o Renda Cidadã. Porém, a iniciativa foi mal recebidas pelo mercado e o governo desistiu de usá-las.
Já na última sexta-feira (16), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se não encontrar espaço fiscal para fazer o novo programa o governo vai continuar com o Bolsa Família. "Se não encontrarmos espaço fiscal para fazer um programa melhor, vamos voltar para o Bolsa Família. É melhor voltar para o Bolsa Família que promover um programa irresponsável", declarou durante evento virtual da XP Investimentos.
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