O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou a 20 anos e 6 meses de prisão o líder religioso João Batista dos Santos por estuprar uma adolescente de apenas 13 anos. A ação foi protocolada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
De acordo com o órgão de fiscalização, a pena foi agravada pela autoridade que o réu exercia sobre a vítima como bispo da igreja evangélica Ministério Arca Deus Presente, no Gama. A Vara Criminal do Recanto das Emas reconheceu, portanto, a ocorrência continuada do crime, por pelos menos três vezes.
Na ocasião dos fatos, em 2017, o réu era bispo de igreja e teria sido apresentado à vítima, com quem desenvolveu relação de confiança e proximidade. Segundo denúncia do MPDFT, recebida pela Justiça em 3 de março deste ano, mesmo antes dos abusos, o bispo falava que amava e que iria se casar com a vítima. Depois de a adolescente confidenciar ser homossexual, ele propôs passar um óleo para ungir seu corpo, argumentando ser uma forma de cura gay.
Após os abusos, a vítima começou a ter crises de ansiedade e, por isso, decidiu relatar os fatos ocorridos. De acordo com investigadores, o bispo buscava a garota em casa e falava aos pais da menina que ela o ajudaria a resolver algumas questões relacionadas ao culto. Quando se certificava de que estavam sozinhos, ele a despia e praticava o estupro.
Para o Ministério Público, “é evidente que o modus operandi utilizado não é inédito, ou seja, há um padrão de ataque. “Depois de ganhar a confiança das vítimas, estas eram levadas a acreditar que poderiam ser curadas com um óleo ungido passado em seu corpo”, ao citar outra sentença condenatória contra o réu, nos quais se constata o uso de óleo para tocar o corpo, inclusive nas partes íntimas.
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