Enquanto a queda de braço sobre o valor do Renda Brasil, que irá substituir o Bolsa Família, não tem um desfecho, a equipe econômica vai reduzir o valor à metade e prorrogar o auxílio emergencial até dezembro. Ou seja, sai o seiscentão e entra o trezentão. O pagamento seguirá os mesmos moldes do programa atual: primeiro recebem os beneficiários do Bolsa Família e em seguida os demais. O governo vai editar uma medida provisória com o novo valor e o prazo de pagamento. O texto terá que passar na Câmara. Procurado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia disse que só vai se posicionar sobre a MP quando ela chegar à Casa. No Estado do Rio, segundo o Ministério da Cidadania, 5,6 milhões de pessoas são elegíveis para receber o auxílio. O montante destinado a esses pagamentos chega a R$ 13,87 bilhões.
Assim como o Renda Brasil, o valor do auxílio emergencial foi ponto de discórdia pública entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que defendia R$ 200. Mas o valor foi considerado insuficiente por Bolsonaro. O embate entre os dois sobre os valores dos benefícios tem ocorrido, principalmente, por conta da fonte de custeio dos auxílios.
Atualmente, o governo destina R$ 30 bilhões para custear o Bolsa Família. O novo programa demandaria R$ 50 bilhões em recursos pois traria para esta folha mais seis milhões de pessoas. Fontes informaram ao jornal O DIA que o tema Renda Brasil só voltará à pauta após o fim do pagamento do auxílio emergencial justamente pela alegada falta de caixa do governo.
Por oito meses
Criado em abril para diminuir os impactos da crise provocada pela pandemia de coronavírus, o auxílio emergencial de R$ 600 foi pago inicialmente por três meses para trabalhadores informais, autônomos, desempregados, microempreendedores e beneficiários do Bolsa Família. No final de junho o benefício foi prorrogado por mais dois meses. E agora será pago até dezembro.
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