O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), voltou a criticar a fala do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), sobre o desmatamento na Amazônia.
No Twitter, Arthur disse que Mourão tem que combinar com o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) sobre enfrentarem ou não o assunto do desmatamento na Amazônia.
“Falta Mourão ajustar com Bolsonaro se querem ou não enfrentar o desmatamento crescente. Falta política efetiva de proteção aos índios e aos povos tradicionais da Amazônia também”, tuitou.
Na ocasião de sua fala, o vice-presidente da república reclamou de países que supostamente “se aproveitaram da crise” provocada pelo novo coronavírus para “avançar em interesses protecionistas e renovar atitudes colonialistas” contra o Brasil.
Em contrapartida, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), que é do mesmo partido do prefeito de Manaus, disse concordar com a fala de Mourão.
“Concordo com o general Mourão: o setor privado precisa liderar a preservação amazônica. O financiamento para bancos privados é fundamental para o progresso sustentável. Para manter a floresta em pé, o Mundo tem que pagar por isso. Não pode cobrar as custas da miséria da sua população”, tuitou Plínio Valério.
Já Bolsonaro disse que não é verdade que a Amazônia queima constantemente. “”Essa história de que a Amazônia arde em fogo é uma mentira. E nós devemos combater isso com números verdadeiros. É o que estamos fazendo aqui no Brasil”, falou o presidente.
Encontro Ibero-americano
Bolsonaro e Mourão participavam de encontro da 2ª Cúpula Presidencial do Pacto de Letícia pela Amazônia, de países Ibero-Americanos, que discutiu o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas. Na ocasião, Mourão destacou as políticas contra o desmatamento.
Blindagem
Além de promover ações do governo federal, o rali eleitoral iniciado nas últimas semanas por Jair Bolsonaro (sem partido), que está de olho na reeleição em 2022, também foi programado como uma forma de blindagem do presidente contra o acúmulo de desgastes provocados pela pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro designou interlocutores para verificar, junto a ministérios e lideranças locais, a viabilidade de agendas positivas em estados e municípios, sobretudo no Nordeste — região que é considerada reduto petista. Esse grupo avalia que a estratégia do Planalto está dando certo.
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