O sargento da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) Paulo Kennedy Souza da Silva, 47, responderá por tentativa de feminicídio pela suspeita de ter atirado contra a ex-companheira, uma mulher de 51 anos, e a filha dela, segundo informou a delegada Acácia Pacheco da Silva, da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), na manhã desta terça-feira (11).
O crime ocorreu na noite de segunda-feira (10), no bairro Nova Cidade, na Zona Norte da capital. Conforme a autoridade policial, a ex-esposa do policial disse à polícia que o suspeito não se conforma com a separação do casal. “A polícia militar foi ao local onde ele mora, que é próximo de onde a vítima reside, abordaram-no, pediram a arma e o conduziram à delegacia”, disse Pacheco.
Ainda de acordo com a delegada, Paulo disse que a ex-esposa havia dado um tapa no rosto dele, no dia do crime. “No dia do problema, [ele] disse que ela havia ido à casa dele e fez confusão, para o policial militar que o conduziu até aqui. Mas disso não há nada comprovado”, afirmou.
A ex-esposa do sargento relatou à polícia que ele tem problemas com bebida alcóolica. “[Ela informou que] toda vez que ele bebe, perde o controle e essa foi uma situação [na qual isso aconteceu]”, disse a delegada.
Na delegacia, Paulo, acompanhado de um advogado, recusou-se a prestar depoimento na especializada e preferiu resguardar o direito de somente falar em juízo, segundo Pacheco.
O homem foi autuado em flagrante, e, além da tentativa de feminicídio, responderá por descumprimento de medidas protetivas de urgência, no âmbito da violência doméstica.
Audiência de custódia
Segundo a PMAM, Paulo se encontra detido no Núcleo do Presídio da Polícia Militar e será levado à audiência de custódia na tarde desta terça-feira. A corporação disse, ainda, que a Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) deverá instaurar um procedimentro administrativo, pelo qual os elementos apresentados durante o processo investigatório seão apurados.
A PMAM afirmou, também, que está apurando o caso. “Ressaltamos que a Corporação que preza pelo dever de servir, proteger e preservar os direitos individuais e coletivos dos cidadãos amazonenses, não compactua com absusos e excessos que contrariem a lei e a ordem”, declarou, por meio de nota.
Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado no DECCM, na noite do ocorrido.
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