Envolvida no acidente que resultou na morte de Lucas Ribeiro dos Reis, de 24 anos de idade, Márcia Eli da Silva Faustino afirmou ao Metrópoles que não teve culpa no acidente. A mulher, de 55 anos, era quem conduzia o Renault Duster que colidiu com a moto de Lucas, na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), na madrugada de sábado (8/8).
Após o acidente que culminou na morte do jovem, Márcia foi encaminhada ao Hospital Base de Brasília (IHBB) por ter pó de vidro nos olhos. Na unidade foi comprovada a ingestão de bebida alcoólica pela condutora que, após liberação médica, acabou autuada em flagrante e dirigida à 11ª Delegacia de Polícia.
Ela foi liberada provisoriamente no domingo (9/8), sem a necessidade de pagar fiança, somente tendo que usar tornozeleira eletrônica. Márcia reclama da vigilância.
“Não sou bandida de alta periculosidade. Achei que isso foi desnecessário, pois vi pessoas piores com a Justiça saindo sem essa tornozeleira”, reclama Márcia.
Servidora da Secretaria de Saúde do estado do Goiás, ela não entende o porquê de ter que usar o rastreamento. “Como eu vou trabalhar com uma tornozeleira eletrônica? Eu não vou fugir para lugar nenhum, moro no (Núcleo) Bandeirante há mais de 20 anos, é minha residência fixa”, questiona.
Além de ter que usar a tornozeleira, Márcia agora está impedida de frequentar bares e lugares congêneres na cidade, após decisão da Justiça, nessa segunda-feira (10/8). Era justamente de um estabelecimento do tipo que a servidora saía antes do acidente. “Eu estava saindo da inauguração de um restaurante, não estava bêbada, caindo. Eu estava consciente”, alega.
Explicações
Apesar de morar próximo ao local, Márcia afirma que levava outras duas amigas para casa e depois retornaria para a própria residência, quando colidiu com Lucas. A batida ocorreu em cruzamento da via, no qual, pelo horário, o semáforo estava intermitente.
“Quando cruzei a pista, esse motoqueiro, acho que estava vindo em alta velocidade, não teve tempo de desviar do meu carro. Quase ele pega minha porta. E se ele pega na minha porta, os policiais falaram, eu estaria morta agora, tamanha a violência da batida dele na lateral do meu carro”, conta sua versão.
Apesar de lamentar a morte do rapaz e reconhecer o sofrimento da família, a mulher de 55 anos se diz inocente. “Isso foi um acidente, não foi culpa minha. Não me sinto culpada”.
Apesar de o resultado da perícia ainda não ter saída, Márcia questiona a velocidade com a qual Lucas pilotava. “Eu quero saber sobre a pessoa que estava na moto. Por que ela não diminuiu a velocidade? Se ela estivesse em baixa velocidade poderia ter desviado do meu carro. É isso que eu estou pensando direto. Porque as pessoas só querem me questionar, mas e a outra pessoa que veio a óbito?”.
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