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Relatório do Planalto destaca gestores em ranking de mortes da Covid-19

Elaborado pela presidência, documento foi visto como uma "manobra" para se esquivar da responsabilidade de mortos pelo novo coronavírus

11/08/2020 às 09h41
Por: Jéssyca Seixas Fonte: G1
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Reprodução
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Na última segunda-feira (10), o Palácio do Planal divulgou um relatório com dados do boletim epidemiológico do sábado (08), dia em que o Brasil contabilizou 100 mil mortes pelo novo coronavírus (Sars-coV-2).

O documento, que foi elaborado pela presidência e distribuído a parlamentares da base aliada, destaca nomes de governadores e prefeitos das regiões com maior número óbitos por Covid-19 do País. Coincidentemente, desafetos de Jair Bolsonaro (sem partido) estão nos destaques.  

O topo é ocupado por São Paulo, com 13.352 novos casos, identificado com o nome do governador  João Doria  (PSDB) ao lado. O estado, que é o mais populoso do país, também aparece na frente do ranking de novos óbitos.

O relatório não traz, porém, nenhuma observação de que são números absolutos – desconsiderando, portanto, a taxa de mortos e casos por 100 mil habitantes.

Em seguida a São Paulo, aparecem no ranking de novos casos Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina, também com destaque para os governadores – respectivamente, Eduardo Leite (PSDB), Rui Costa (PT), Romeu Zema (Novo) e Comandante Moisés (PSL). No caso deste último, porém, apenas a palavra "comandante" aparece no documento.

Já no ranking de óbitos, aparecem os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, do governador Ronaldo Caiado (DEM), e Bahia, todos com a indicação dos governadores.

O relatório também traz um "top 5" dos municípios com total de casos confirmados. O município de São Paulo, chefiado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Em seguida, estão Brasilia, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza.

Em todos os municípios, o documento traz os nomes dos prefeitos locais – exceto no caso de Brasília. Sem prefeito, a cidade é regida pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), que tem se alinhado a Bolsonaro em declarações recentes. 

No Congresso, a lista gerou reação negativa entre os parlamentares. Nos bastidores, mesmo aliados de Bolsonaro disseram que o documento parece uma "manobra" do governo para retirar a responsabilidade federal das mortes causadas pela Covid-19 . 

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